Politica

Regras dificultam renovação política

Cláusula de barreira e a preferência por quem já tem mandato são alguns entraves à renovação.

Desde as manifestações de 2013 e do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, vários grupos se multiplicaram pelo país em nome da novidade na política. Mas as regras do próprio jogo político não favorecem esse clamor por renovação. A começar pela divisão do dinheiro que vai para as campanhas. Vai ter mais santinho e outras ações de publicidade pra quem já tem mandato porque na hora da partilha do Fundo Eleitoral, os partidos escolhem quem tem mais chance de ganhar a disputa nas urnas. O ministro Moreira Franco, que é do MDB de Michel Temer, explica que não é escolha só do partido dele, mas de todos, investir em quem é mais conhecido:

“Os candidatos que têm mandato têm uma vantagem. E o critério que adota não só o MDB adota mas os partidos todos é o critério de estimular aqueles que tem mais condições políticas de ganhar. E não porque é uma decisão política do partido é fruto dos fatos”.

Como dá pra sentir, a definição de muitas regras fica justamente nas mãos de quem já está na política. Foi assim com o autofinanciamento que começa a valer nestas eleições, depois de aprovação no Congresso. Vai funcionar assim: com a proibição de receber doação de empresas, cada candidato vai poder colocar dinheiro do próprio bolso, e sem limite, o que favorece empresários, fazendeiros e herdeiros de clãs políticos. Ou seja, quem tem dinheiro. Já quem parece um estranho no ninho até tenta um lugar ao sol. Na lista de filiados do PSL, do presidenciável Jair Bolsonaro, por exemplo, tem vereador querendo uma vaga no Congresso em Brasília e também gente que nunca disputou. O deputado Major Olímpio, que preside a legenda em São Paulo, faz o filtro:

“Eu tive muitos filiados que eram ativistas e nunca se filiaram a nada. Então, você tem que ir analisando currículo a currículo, possibilidade eleitoral, região que está atuando. E todas as encrencas decorrentes disso e isso é sempre desagradável. Você tem que fazer cortes e isso é sempre desagradável”.

Outra regra que será adotada nestas eleições é a cláusula de barreira. Também conhecida como cláusula de exclusão ou de desempenho. O partido que não conseguir ao menos 1,5% dos votos destas eleições, ou então não eleger nove deputados federais de diferentes regiões, vai receber menos recursos a partir do ano que vem e terá menos tempo de propaganda nas próximas eleições. A exigência vai ficando mais rígida a cada eleição, o que pode apagar alguns nanicos do mapa político.

FONTE: CBN

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Gomes Oliveira

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