Adriana Alves Dutra acompanhou os dois seguranças, que agrediram João Alberto até a morte, e aparece filmando a cena. João Beto, cidadão negro de 40 anos, morreu espancado no estacionamento do supermercado em 19 de novembro.
A Polícia Civil informou nesta terça-feira (24) que prendeu temporariamente Adriana Alves Dutra, funcionária do Carrefour envolvida na morte de João Alberto Silveira Freitas. Agente de fiscalização do estabelecimento, ela é a mulher que aparece de blusa branca nas imagens, junto dos seguranças agressores. Ela foi presa em Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre, onde reside.
Segundo a delegada Vanessa Pitrez, diretora do Departamento de Homicídios, a polícia acredita que a mulher teve participação decisiva nas agressões sofridas por João Beto, porque ela teria poder de comando sobre os dois seguranças.
Em gravações feitas no momento do espancamento, Adriana aparece filmando a cena. Um motoboy que registrou o crime afirma que foi ameaçado por ela.
João, cidadão negro de 40 anos, foi morto espancado por dois seguranças, no último dia 19, véspera do Dia da Consciência Negra. Os dois seguranças, Magno Braz Borges, de 30 anos, e Giovane Gaspar da Silva, de 24, que também é PM temporário, foram presos em flagrante na noite do crime.
A Polícia Civil investiga se a funcionária mentiu sobre o caso. Adriana disse, no primeiro depoimento, que o policial militar preso pelo crime era cliente da loja – e não um funcionário da empresa de segurança contratada pelo supermercado. Também afirmou que não ouviu João Beto pedir ajuda. Veja as principais contradições apuradas no depoimento de Adriana.
Nesta segunda-feira (23), a Polícia Civil informou que sete pessoas são investigadas no inquérito que apura morte de João Alberto.
O G1 entrou em contato com o Carrefour sobre a prisão de Adriana e não tinha recebido resposta até a publicação dessa matéria.
FONTE: G1/RS – G1.COM
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