Os trabalhos do comitê no qual participam todas as secretarias municipais de Porto Velho, continuam sendo realizados de forma fiel na Sala de Situação, anexa a Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão (Sempla). Duas vezes na semana, o grupo se reúne para dar continuidade ao processo de detalhamento do Plano de Reconstrução, conhecido popularmente como Plano Pós-Cheia, uma exigência do Ministério da Integração para o repasse de recursos a serem investidos na cidade tanto com medidas de reconstrução quanto preventivas.
O plano que abrange tópicos como bairros, distritos, empresas, produtores, educação, saúde, outros serviços e infraestrutura, foi entregue ainda em maio ao governo federal. Cumprido o prazo determinado pelo Ministério da Integração, está atualmente em fase de adequação ao formato exigido pelo órgão, detalhando cada intervenção que será tratada como meta, desde um simples bueiro a reconstrução de prédios públicos.
De acordo com o Secretário da Sempla, Jorge Elarrat, é preciso georreferenciar todos os pedidos e responder a um questionário padrão, e somente após a apresentação de tais informações, é que o Ministério avalia especificamente caso a caso, para o envio do recurso. “Hoje, por exemplo, estamos trabalhando junto a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo, a Semdestur, os pleitos da pasta, que compreende o Shopping Popular, Mercado do Peixe e Estrada de Ferro Madeira Mamoré. A cada detalhamento concluído enviamos a Brasília, para que apontadas as demandas, o ministério envie o valor para elaboração de um projeto e baseado nele, repasse o recurso para que finalmente seja investido conforme os pedidos”, explicou Elarrat.
Ainda segundo o secretário, o valor total do plano só poderá ser estimado a partir da conclusão do detalhamento, etapa importante para que de fato os pedidos sejam atendidos. “Não há uma data precisa, basta os formulários serem apresentados dentro do padrão que espera para que o retorno seja dado o mais rápido possível, depende de nós todo este trabalho, que precisa ser realizado de forma minuciosa. A meta mais lenta a ser detalhada teoricamente seria a de moradia, mas com a entrega dos conjuntos habitacionais, priorizando os atingidos pela cheia com 2 mil unidades do Orgulho do Madeira e outras 400 do projeto Casa Alta, iremos de certa forma aliviar em grande parte a demanda dos atingidos”, comentou Jorge.
Por Renata Beccária | Fotos: Frank Néry
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