Ao cumprir nesta quinta-feira (5) mandados judiciais da nona fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal (PF) apreendeu diversos relógios, perfumes e dinheiro vivo – incluindo reais, euros e dólares – na sede da empresa Arxo, em Itajaí (SC).
Os valores apreendidos não foram revelados pelos policiais federais.
Em nota divulgada à imprensa, a Arxo afirma que o dinheiro encontrado no cofre da empresa seriautilizado em “pagamentos da empresa”. O procurador jurídico da companhia, Charles Zimmermann, disse no comunicado que todos os valores foram “contabilizados”.
“Havendo indícios de fraude, o que não é o caso da Arxo, que está tudo contabilizado, é apurado o tipo de crime praticado”, destacou Zimmermann na nota.
O procurador jurídico ressaltou que a empresa tem intenção de contribuir com as autoridades e prestar “qualquer esclarecimento necessário”.
No total, a PF cumpriu 40 mandados de busca e apreensão, três de prisão temporária, um de prisão preventiva e 18 de condução coercitiva (quando a pessoa é levada para prestar depoimento e depois é liberada) em quatro estados (Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Bahia).
Uma das pessoas que foram levadas para prestar depoimento aos delegados federais foi o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Apontado como operador do partido no esquema de corrupção instalado na Petrobras, Vaccari foi chamado para esclarecer doações feitas à legenda. Ele foi liberado em seguida. A polícia também realizou busca e apreensão na casa do petista, na capital paulista.
A nova fase da operação se destina a colher provas sobre a participação de 11 operadores em um esquema ligado à diretoria de Serviços da Petrobras envolvendo pagamento de propina e lavagem de dinheiro na estatal. O esquema investigado teria atuado até 2014.
A operação foi batizada de “My Way” (meu jeito), em referência ao ex-diretor da área de Serviços Renato Duque. Segundo Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras e um dos delatores do esquema, Duque era conhecido dessa forma.
Fonte: G1
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