Peixe rendeu mais que soja e milho – por Silvio Persivo

Comemore as conquistas. “Agradecer ao que temos nos livra de olhar ansiosamente para o que nos falta” (Irismar Oliveira).

A ETERNA NOVELA DA BR-319

O governador José Melo, na solenidade de lançamento da nova Matriz Econômica Ambiental, na presença do ministro do MMA (Ministério de Meio Ambiente), José Sarney Filho, que vem apoiando as ações de combate ao desmatamento e a pobreza no Sul do Estado, visitando as áreas degradadas com a Caravana Verde, no último dia (8), no auditório da sede do governo do Estado, se posicionou cobrando fortemente a ligação do Amazonas ao resto do país. Desta vez, o apelo veio sob a forma do slogan “Tire o Amazonas do isolamento”, segundo Melo a saída está na conclusão da BR-319, rodovia que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO). Além de anunciar a Matriz Econômica Ambiental como política de Estado e lançar o programa MS Amazonas para reduzir o desmatamento nos municípios localizados no Sul do Estado, o governador José Melo aproveitou a presença do ministro do Meio Ambiente para propor soluções e acabar com os problemas na BR-319 transformando a rodovia numa estrada-parque. “Dessa forma não prejudicaria nenhuma das 20 unidades de preservação presentes no trecho do meio da BR-319”, explicou. Segundo Melo, a falta de estrutura da estrada que liga o Amazonas ao resto do país traz prejuízo ao escoamento da produção do PIM (Polo Industrial de Manaus) e ainda isola o Estado. “Criaríamos uma proteção naquele trajeto, como uma forma de envelopamento com gradil e monitoramento para garantirmos a preservação daquela área riquíssima em biodiversidade. Isso já foi feito em outros lugares do mundo e pode ser feito aqui também”, argumentou. O ministro Sarney, cauteloso, disse que o governo federal está aberto a propostas e que a sugestão será avaliada pela equipe técnica do ministério. É inexplicável, de fato, que, com as pontes construídas a um custo de mais de R$ 2 bilhões, no começo e no final da rodovia, mais cem mil pessoas continuem isoladas por questões burocráticas e, nada menos, que 20 anos estejam sendo levados para a reconstrução de uma estrada.

AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DE PORTO VELHO

Segundo se comenta, e foi veiculado por setores da imprensa, o prefeito Hildon Chaves vai mesmo enviar projeto à Câmara Municipal, criando a Agência de Desenvolvimento de Porto Velho, com a finalidade de atrair investidores, aumentar a renda interna e a oferta de empregos. A criação da Agência de Desenvolvimento de Porto Velho foi uma  promessa de campanha do prefeito e que conta com o apoio de todos os segmentos do setor produtivo. Não se sabe ainda o formato do projeto, mas, já se comenta que o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia-FIERO, Marcelo Thomé da Silva Almeida, será o dirigente da nova agência.

SERVIDORES MUNICIPAIS DÃO SINAIS DE INSATISFAÇÃO

Por falar no novo prefeito é preciso que abra o olho para as medidas tomadas em relação aos servidores. É preciso compreender que, e o histórico comprova, nenhuma administração jamais deu certo sem apoio dos seus servidores. E, no caso da atual, estão mexendo em diversos setores sem avaliar as consequências imediatas. É claro que a administração requer, muitas vezes, que as pessoas sejam trocadas de locais, mas, normalmente, fazer isto sem levar em consideração as necessidades e o que ocasiona na vida dos servidores é problemático. De uma hora para a outra, por exemplo, um professor ser deslocado para ir trabalhar num bairro distante sem justificativa não o deixa, certamente, feliz. Ou retirar alguém de um trabalho que conhece para fazer algo que não sabe também não ajuda muito. Ainda mais quando deixa uma lacuna onde saiu. E escrevo sem interesse direto nenhum. Só de ouvir queixas entre as quais a de que fazem as mudanças sem nenhum tipo de explicação razoável.

PARA QUEM GOSTA DE PEIXE

Para quem gosta de um peixe de boa qualidade, e a um preço justo, a dica é o Casarão do Peixe, que funciona, a partir de 11:00 horas para almoço, na rua Tenreiro Aranha, 3205-Olaria, bem do lado da Vila do Incra. Tanto o dourado quanto o tambaqui servido por lá está uma delícia.

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PEIXE RENDEU MAIS QUE SOJA E MILHO

O presidente do conselho de administração da Peixe BR (Associação Brasileira de Piscicultura, Ricardo Neukirchner, declarou que a piscicultura, até então complementar nas propriedades agrícolas, começa a se tornar a principal atividade para muitos produtores.  E, pelo menos, no Paraná, mesmo com a excepcional safra de grãos do ano passado, as receitas líquidas da soja com as do milho somente proporcionaram ao produtor R$ 3.286 por hectare. É uma boa renda, mas,  que fica bem distante da obtida por piscicultores no mesmo Estado, que com uma produtividade de 25 toneladas de peixe por hectare, descontados os gastos, teve uma renda de R$ 20 mil por hectare. É claro que a piscicultura tem suas limitações de área, principalmente porque depende de água. Já a área destinada ao cultivo da soja é maior, e o produtor ganha em escala. Mas, onde pode ser feita que rendeu mais, rendeu.

ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO DA SOJA FREIA ONDA ALTISTA

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês) manteve a estimativa para a produção de soja do Brasil em 2016/17 inalterada em 104 milhões de toneladas, próximo de previsões do mercado.  O órgão também manteve sua projeção para os estoques finais de soja nos EUA de 2016/17 em 420 milhões de bushels. O USDA também manteve sua projeção para as exportações de soja dos EUA estável em 2,050 bilhões de bushels, apesar de um ritmo intenso de embarques ao longo do mês de janeiro. Os futuros da soja, que estavam sendo negociados quase estáveis antes do relatório, caíram muito. Com isto a onda altista está retraindo um pouco. O órgão reduziu sua estimativa para a safra de soja da Argentina em 1,50 milhão de toneladas, para 55,50 milhões de toneladas. Os analistas, em média, esperavam que o relatório mostrasse a produção de soja da Argentina em 54,54 milhões de toneladas e a brasileira em 104,08 milhões de toneladas, segundo a Reuters. Os estoques globais finais de soja foram cortados para 80,38 milhões de toneladas, ante 82,32 milhões de toneladas.

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