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Parte de talude se desprende e não afeta barragem de Barão de Cocais

De acordo com a mineradora, as primeiras avaliações indicam que o material está deslizando de forma gradual e não causará ‘maiores consequências’

Parte de uma das paredes do talude (estrutura de sustentação) da Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG), se desprendeu na madrugada desta sexta-feira, 31. De acordo com a Vale, mineradora responsável pela estrutura, a cava de onde é retirado o minério e a barragem Sul Superior, com os rejeitos da atividade, não foram afetadas.

“As primeiras avaliações indicam que o material está deslizando de forma gradual, o que até o momento corrobora as estimativas de que o desprendimento do talude deverá ocorrer sem maiores consequências”, informou a mineradora em nota oficial. Ainda, a Vale disse que a barragem segue com monitoramento 24 horas por dia com uso de radar e estação robótica capazes de “detectar movimentações milimétricas”.

A velocidade do deslocamento do talude vem aumentando desde abril, quando a estrutura passou a se movimentar cerca de 5 centímetros por dia, ritmo que só se acelera desde então, segundo dados divulgados periodicamente pela ANM. Na última terça-feira, 28, nos pontos mais críticos, a velocidade registrada subiu para 24,8 cm/dia. Em sua porção inferior, o talude passou a se movimentar 20,1 cm/dia.

Mesmo com os monitoramentos frequentes, a ANM afirmou que não tinha uma ideia exata de quando o talude poderia se romper. A agência interditou e suspendeu as atividades do complexo minerário Gongo Soco no dia 17 de maio. O risco de rompimento da represa segue no nível 3, o mais alto, de acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico da cidade e membro efetivo da Defesa Civil.

A barragem Sul Superior teve nível de segurança elevado ao nível três, que indica risco iminente de ruptura, em 22 de março, depois que uma auditoria se negou a emitir laudo de segurança para a estrutura. No dia 13, a empresa informou às autoridades que o talude da mina da represa poderia desmoronar, ocasionando abalo sísmico que poderia fazer com que a Sul Superior se rompesse.

Confira a nota da Vale:

A Vale informa que identificou ao longo da madrugada desta sexta-feira, 31/5, o desprendimento de fragmentos do talude norte da cava da Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG). Esses blocos se acomodaram no fundo da cava. As primeiras avaliações indicam que o material está deslizando de forma gradual, o que até o momento corrobora as estimativas de que o desprendimento do talude deverá ocorrer sem maiores consequências.

A cava e a barragem Sul Superior, que fica a 1,5 km da mina, seguem com monitoramento 24 horas por dia de forma remota, com o uso de radar e estação robótica capazes de detectar movimentações milimétricas, além de sobrevoos com drone. A barragem está em nível 3 desde 22 de março e a Zona de Autossalvamento (ZAS) já havia sido evacuada preventivamente em 8 de fevereiro.

FONTE: VEJA.COM

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