Empreendedores discutiram construção de shopping popular e central de abastecimento
As possibilidades de construção de um shopping popular para acomodar em um único lugar, de forma segura e confortável, as centenas de vendedores ambulantes e camelôs espalhados pela cidade e de uma central de abastecimento que viabilize a Ceasa de Porto Velho e impulsione o agronegócio no município foram discutidas pelo prefeito dr Hildon Chaves com o consultor Kobori Zenichi e com o empreendedor Francisco Machado, professor, biólogo e doutor em ecologia e ictiologia, ambos com atuação em Cuiabá (MT).
O prefeito falou de sua intenção em reunir num único espaço os camelôs e vendedores ambulantes que hoje ocupam praças, calçadas e outros espaços públicos, num comércio totalmente desorganizado. Os empreendedores exemplificaram o trabalho feito em Cuiabá, onde a Associação de Camelôs, em parceria com a prefeitura viabilizaram a construção de um amplo shopping popular, em ambiente climatizado, com praça de alimentação, casa lotérica,boxes padronizados, iluminação em LED, estacionamento, monitoramento, sistema de som interno, segurança e grande diversidade de produtos e serviços.
Dr Hildon observou que o shopping deve ser bem organizado, mas acessível economicamente para que os ambulantes possam pagar aos investidores sem sobressaltos. O prefeito indicou como um dos pontos possíveis para a construção a rua Euclides da Cunha, entre a avenida Sete de Setembro e rua João Alfredo.
Consultor renomado, com ampla experiência internacional, Kobori Zenichi, avaliou que um shopping popular organizado em Porto Velho poderia servir como um grande centro distribuidor de manufaturados da Ásia, principalmente da China, cujos produtos poderiam vir para Rondônia pelo oceano pacífico, com entrada por meio de portos no Peru.
“De fato, hoje esse comércio já existe, só que em pequena escala, num sistema no qual o Estado não arrecada, o município não arrecada e vai se levando quase que na informalidade”, observou o prefeito.
INTERCÂMBIO
O prefeito sugeriu que se amplie as discussões com os fornecedores asiáticos no sentido de que as mercadorias sejam trazidas em caminhões frigoríficos com os refrigeradores desligados no percurso de vinda e no retorno levem peixes, principalmente o tambaqui e o pirarucu. Os empreendedores disseram que só na China há um mercado ávido por pescados, capaz de adquirir toda a produção de Porto Velho.
CEASA
Durante o encontro falou-se também sobre a possibilidade de atrair investidores para a construção de um Ceasa, que opere como um grande centro distribuir de produtos hortifruti não só para Porto Velho e Rondônia, como também para os consumidores do Acre, da Bolívia e de Manaus, capital amazonense cuja produção de alimentos é irrisória, apesar do mercado consumidor que reúne dois milhões de pessoas.
Os empreendedores ficaram de elaborar projetos completos específicos para apresentarem em breve numa nova rodada de negociações. Enquanto isso, o prefeito ficou de verificar uma área, em torno de 50 hectares ou maior, onde o empreendimento possa ser construído.
Texto e Fotos Comdecom
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