De todos os tipos, aliás. “O homem é um animal que faz barganhas” (Adam Smith).
CONDER APROVA PLANOS DE TURISMO E DE LOGISTICA
O Governo de Rondônia, por meio do Conselho de Desenvolvimento do Estado de Rondônia (Conder) aprovou na primeira reunião do grupo em 2021 os planos estaduais de Turismo e Logística de Transporte. Realizado de forma virtual evento teve como foco as políticas públicas para o fortalecimento da economia estadual, com enfoque nas mais variadas segmentações do setor. O Superintendente de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura (Sedi), Sérgio Gonçalves da Silva destacou que ambos os planos são fundamentais para o aprimoramento das atividades já desenvolvidas na região. O Superintendente Estadual de Turismo (Setur), Gilvan Pereira Júnior, agradeceu a aprovação do plano e destacou que o turismo é um setor de grande potencial em Rondônia, e que o fortalecimento resulta na criação de novos postos de trabalho, mais circulação de recursos na economia rondoniense e assegura principalmente o desenvolvimento socioeconômico dos municípios que compõem o Estado. Na reunião, o governador, coronel Marcos Rocha fez um levantamento das ações desenvolvidas pelo Poder Executivo no combate à pandemia causada pelo coronavírus e agradeceu a classe empresarial (micro, pequenos, médios e grandes empresários) que acreditam no potencial econômico de Rondônia. Marcos Rocha destacou a importância do Conder no desenvolvimento econômico do Estado. Participaram do encontro representantes da Secretaria de Estado de Finanças (Sefin), da Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão (Sepog), da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), a Secretaria Estadual do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), de instituições financeiras, além lideranças das federações que representam os setores produtivos do Estado, a exemplo da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia (Fecomércio), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia (Faperon), Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Rondônia (Facer), inseridas no Conder.
A QUESTÃO NÃO PODE SE RESUMIR AS MEDIDAS RESTRITIVAS
Na Audiência da 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Porto Velho sobre a Ação Civil Pública ajuizada pelo MP que pleiteia medidas mais restritivas em razão do agravamento da pandemia no Estado de Rondônia ficou claro que não se tem uma noção dos estragos que estão sendo feitos na nossa economia com um ano de abre e fecha das atividades econômicas. Nunca antes neste Estado a taxa de desocupação foi tão alta, mas, a população está cansada de isolamento. Acrescente-se que é antissocial o isolamento. Um ano de recolhimento compulsório é demais até para os mais velhos. Imagine manter os jovens recolhidos em casa ainda mais nos domicílios mais pobres. Também fica claro que não há uma visão efetiva do fluxo de pessoas nem da participação do comércio nele. Como quem decreta é o governador Marcos Rocha será sobre ele que cairão o descontentamento, em especial de Porto Velho, de vez que, se o aumento de mortes e infectados em Rondônia continua em curva ascendente, não é o que acontece na capital. A rigor não há um acompanhamento espacial da crise, de forma que se toma decisões gerais sem considerar cada município. A prevenção não pode ser somente fechar tudo. Tem que levar em conta os protocolos que usam algumas drogas que se mostraram eficazes, bem como onde acontece os fluxos e os protocolos de segurança. A questão também não é de saúde somente. É também de economia. E não se vai curar a doença via economia. Tem que ser por ações na área de saúde.
ECONOMIA NÃO CONSEGUE MELHORAR EM JANEIRO DE 2020
O volume de vendas do comércio varejista recuou 0,2% na passagem de dezembro de 2020 para janeiro de 2020. Esta foi a terceira queda consecutiva do indicador, que já havia caído 6,2% na passagem de novembro para dezembro. O dado é da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O varejo também teve quedas de 0,3% na comparação com janeiro do ano passado e de 2,2% na média móvel trimestral. No acumulado de 12 meses, no entanto, o comércio teve uma alta de 1%. A receita nominal cresceu 0,7% na comparação com dezembro, 8,7% em relação a janeiro de 2020 e 6,3% no acumulado de 12 meses. Na comparação de janeiro com dezembro, o volume de vendas registrou queda em cinco das oito atividades pesquisadas, com destaque para livros, jornais, revistas e papelaria (-26,5%). Também recuaram tecidos, vestuário e calçados (-8,2%), móveis e eletrodomésticos (-5,9%), supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,6%) e combustíveis e lubrificantes (-0,1%). Três segmentos tiveram alta em janeiro, na comparação com o mês anterior: outros artigos de uso pessoal e doméstico (8,3%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (2,6%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,2%).
PANDEMIA IMPULSIONA COMÉRCIO ELETRÔNICO
O e-commerce e o delivery ganharam força no último trimestre de 2020, segundo o estudo Consumer Insights, produzido pela Kantar, líder em dados, insights e consultoria, tendo a busca por prazer como principal motivação, embora, ao longo do ano, as razões foram conveniência e hábito.
As principais categorias foram fast food, que cresceu 62% durante o ano em comparação com 2019, doces (50%) e pizzas (34%), impulsionadas pelo consumo sobretudo de crianças até 12 anos e adultos entre 25 e 34 anos. O comércio eletrônico atraiu mais de 2,3 milhões de novos lares somente no 2º semestre, um aumento de 18,1 milhões de ocasiões de consumo, e terminou o ano abrangendo 12,9% dos lares brasileiros. O principal driver foi o aplicativo WhatsApp, responsável por 5% desses 9,4%, que criou uma nova realidade, facilitando ainda mais os pedidos. As classes mais altas e os compradores mais maduros ainda são mais importantes no universo online, porém o e-commerce se tornou mais democrático sendo adotado também pelas classes mais baixas e por shoppers mais jovens. Neste cenário, 7,5 milhões de domicílios compraram online bens de consumo massivo (FMCG) em 2020, e o tíquete médio também foi mais elevado do que nas compras offline: 18,4% maior, ou R$ 63,94. A cesta de bebidas foi o grande destaque em lealdade e a de alimentos ainda tem oportunidade de se desenvolver mais.
AUTOR: SILVIO PERSIVO – COLUNA TEIA DIGITAL
- A Opinião dos colunistas colaboradores não reflete necessariamente a posição da Folha Rondoniense
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