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Pandemia afeta mais os empregos de jovens e mulheres – Por Sílvio Persivo

Que é verdade é, mas, quem disse foi ele. Vão reclamar dele! “Toda essa conversa sobre a igualdade e a única coisa que as pessoas realmente têm em comum é que todas irão morrer” (Bob Dylan). 

GOVERNO LANÇA CARTÃO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR 

O Cartão Alimentação Escolar, no valor de R$ 75 (setenta de cinco reais), foi lançado pelo governo do Estado para atender estudantes em situação de vulnerabilidade social, para aquisição direta de gêneros alimentícios, em caráter excepcional, durante o período de estado de Calamidade Pública, decorrente da pandemia da Covid-19  em cerimônia no Palácio Rio Madeira. 

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informou que a medida adotada pelo Poder Executivo vai transferir recursos financeiros aos pais ou responsáveis legais de 48.775 (quarenta e oito mil, setecentos e setenta e cinco) estudantes em situação de vulnerabilidade social, matriculados nas escolas estaduais dos 52 municípios de Rondônia. A alimentação escolar é um direito garantido pela Constituição Federal, como um programa suplementar à educação. Assim, o Estado tem a obrigação de prover, promover e garantir que os estudantes recebam alimentação durante o período na escola, porém, devido à pandemia, a alternativa foi  auxiliar as famílias dos estudantes carentes por meio do Cartão Alimentação Escolar. 

SENAI OFERECE CURSOS GRATUITOS PARA JOVENS APRENDIZES

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) em Rondônia abriu, nesta quarta-feira, 27, os editais para 1.505 vagas em cursos gratuitos de Aprendizagem Industrial Básica (1.050 vagas) e Aprendizagem Industrial Técnica (455 vagas), com o objetivo de atender as demandas das indústrias  de jovens aprendizes, um público com idade entre 14 a 23 anos e 11 meses. As indústrias que fizerem reserva de vagas se comprometem a indicar para a jovens que serão matriculados e contratados como aprendizes até o próximo dia 16 de junho, observando os prazos para entrega da documentos e efetivação das matrículas. Caso a documentação não seja entregue e a matrícula não for realizada na data indicada no edital, a vaga será disponibilizada para outro candidato (indústria ou comunidade externa), conforme a ordem cronológica de inscrição. O SENAI informa que as reservas de vagas serão ocupadas por ordem de recebimento das Cartas de Reserva de Vagas, por meio eletrônico https://portal.fiero.org.br/senai, limitadas aos números disponíveis por turma. Se a demanda for maior as solicitações ficarão em lista de espera.

ABERTURA DE NOVAS EMPRESAS TEM QUEDA NO AMAZONAS

Diminuiu em -13% o número de aberturas de empresas durante a pandemia, no Amazonas, mas, relativamente a queda está bem abaixo da média brasileira que foi de -28%. A informação é da Contabilizei, maior escritório contábil do Brasil, que fez um estudo a partir da sua base de clientes e também percebeu que a emissão de notas do mês de abril caiu 10,3%, e o faturamento total diminuiu 8,3%, o que representa uma significativa queda de vendas. As MEI- sofreram uma redução de 4% enquanto os outros tipos de empresas tiveram uma redução de -46%; Entre os principais municípios, o destaque negativo ficou para: Parintins (-47%) e  Manaus (-3%).  

NÚMEROS DO CAGED SURPREENDEM, MAS, NÃO REFLETEM AINDA OS ESTRAGOS DA PANDEMIA 

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgou que, em abril, foram desligados (demitidos) 1.459.099 pessoas e contratadas 598.596, ou seja, que as demissões superaram as contratações com carteira assinada em 860.503 postos de trabalho. Bem, mesmo que o saldo de abril tenha sido o pior da série histórica, iniciada em 1992, é evidente que não reflete o que está acontecendo na economia. Não é crível que, como analisa o Ministério da Economia, a queda no número de contratações tenha contribuído  de forma mais expressiva para o saldo negativo de empregos formais. A única explicação lógica é que ou existe uma enorme quantidade de pessoas que estão, informalmente demitidas e/ou de férias, ou não está havendo formalização das demissões. As estimativas mais conservadoras estimam que, em abril, pelo menos 3,2 milhões de pessoas tenham sido demitidas mesmo com as ações do governo que impediram a demissão de mais de 8 milhões de pessoas. 

PANDEMIA AFETA MAIS OS EMPREGOS DE JOVENS E MULHERES

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou que mais de um em cada seis jovens deixou de trabalhar desde o início da pandemia da Covid-19, enquanto os que mantiveram o emprego tiveram uma redução de 23% nas horas de trabalho. A quarta edição do relatório “Monitor OIT: Covid-19 e o mundo do trabalho” (em inglês) revela que os jovens estão sendo desproporcionalmente afetados pela pandemia com um aumento significativo e rápido do desemprego juvenil observado desde fevereiro que está afetando mais as mulheres do que os homens. A pandemia causa um triplo choque na população jovem. Não só destrói o seu emprego, mas também a sua educação e seu treinamento, e coloca grandes obstáculos no caminho de quem procura entrar no mercado de trabalho ou mudar de emprego. Em 2019, a taxa de desemprego juvenil de 13,6% já era maior do que a de qualquer outro grupo. Havia cerca de 267 milhões de jovens que não trabalhavam, não estudavam nem estavam em treinamento em todo o mundo. Pessoas entre 15 e 24 anos que estavam empregadas também tinham maior probabilidade de estar em formas de trabalho que as deixavam vulneráveis, como ocupações mal remunerada “A crise econômica da Covid-19 está afetando os jovens – especialmente as mulheres – com mais força e rapidez do que qualquer outro grupo. Se não tomarmos medidas imediatas e significativas para melhorar a sua situação, o legado do vírus poderá nos acompanhar durante décadas. Se seu talento e energia são marginalizados devido à falta de oportunidades ou à falta de habilidades, isso prejudicará o futuro de todos nós e tornará muito é mais difícil reconstruir uma economia melhor pós-Covid”, disse Guy Ryder, diretor-geral da OIT.  O estudo pede a adoção de respostas políticas urgentes, em grande escala e direcionadas a apoiar a população jovem, incluindo programas abrangentes de garantia de emprego/formação nos países desenvolvidos, programas intensivos de emprego e garantias nas economias de baixa e média rendas, trabalho no setor informal ou como trabalhadores migrantes.  

AUTOR: SILVIO PERSIVO –  COLUNA TEIA DIGITAL

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