Mesmo sem trânsito em julgado, Procuradoria Geral da República entende que houve quebra de decoro parlamentar
Depoimento
Respondendo por crimes de lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa, lavagem ou ocultação de bens na Ação Penal 644, que tramita em segredo de justiça, o deputado federal e candidato a reeleição Nilton Capixaba esteve depondo em 4 de agosto no Supremo Tribunal Federal sobre a “Operação Sanguessuga”, da Polícia Federal que investigou fraudes em licitação na compra de ambulâncias que eram destinadas aos municípios de Rondônia. E a audiência foi bem agitada. O ministro tratou com desdém o deputado, que tentava explicar o inexplicável. Como resultado, a audiência foi tensa. Muito tensa.
E a coisa complicou
O Procurador-Geral da República (PGR), Rodrigo Janot ofereceu denúncia no dia 15 de agosto último contra o deputado Nilton Capixaba, e Luiz Antônio Trevisan Vedoin. Segundo a denúncia os acusados teriam desviado, em proveito da empresa Klass Comércio e Representação LTDA, de propriedade de Luiz Antônio Trevisan Vedoin, verbas públicas do contrato 106/2003 cujo objeto era a aquisição de unidade de saúde móvel (ambulância) para o município de Cerejeiras.
Porém
O Procurador também requereu a redistribuição do inquérito, “em razão da conexão probatória com a Ação Penal n. 644, da relatoria do Ministro Gilmar Mendes”. O Procurador-Geral da República afirma que os fatos investigados nestes autos “inserem-se no mesmo contexto fático daqueles que teriam sido praticados pela suposta quadrilha objeto da denúncia oferecida na Ação Penal 644”. O PGR também pretende encaminhar pedido de investigação à Câmara dos Deputados, pedindo a perda de mandato de Capixaba antes mesmo do trânsito em julgado da Ação Penal. No caso, o parlamentar está sendo acusado de quebra de decoro, cuja pena é a perda do mandato eletivo.
Cá entre nós
Não sei se o PGR vai ter sucesso nessa empreitada devido ao corporativismo das casas legislativas com seus membros traquinos. Porém, seria um grande avanço. Agora melhor mesmo seria se a população de Rondônia tivesse o bom senso de não votar em pessoas como Capixaba, que estão enroladas até o pescoço em denúncias gravíssimas de corrupção, e mesmo assim conseguem obter expressivo sucesso nas urnas.
Pior ainda
É que tem gente que defende esse tipo de candidato, alegando que “ele é da cidade”, ou “perlo menos faz alguma coisa”. Vi tempos atrás uma entrevista do jornalista Ricardo Boechat onde ele afirmava que o brasileiro é conivente com a classe política e completou, “se brasileiro hostilizasse político corrupto em restaurantes ou em eventos públicos, eles teriam vergonha de sair de casa”. Mas a gente sabe que não é assim. No Brasil, corrupto é tratado de “doutor” e tudo termina em pizza. Como diria o capitão Nascimento, “se polícia trabalhasse corrupto como trabalha vagabundo…”.
Falando em polícia
Acredite, a Polícia Civil abriu um inquérito para descobrir quem foi o responsável pelo vazamento do vídeo em que aparece um motoboy que supostamente teria roubado o bebê Nicolas de um hospital de Porto Velho. As imagens circularam em um site de notícias local e a SESDEC quer descobrir como as imagens vazaram. Sinceramente, seria muito, mas muito mais proveitoso usar esse tempo para descobrir se de fato o corpo do bebê foi incinerado ou se ele foi roubado vivo. E poderia aproveitar ainda uma folguinha para tentar concluir o Caso Naiara.
10 dias
Foi o período em que o Congresso Nacional trabalhou nos últimos quatro meses. Neste período, entre os dias 07 de maio a 10 de junho o deputado federal Nilton Capixaba faltou apresentando “atestado médico”, alegando “problemas de saúde”. Em colunas anteriores mostramos que ele estava em campanha pelo estado. Após esse período, ele já contabilizou 7 faltas. Mas agora, pelo visto, ele está bem de saúde.
Parou
As obras do anel viário de Ji-Paraná estão paralisadas há pelo menos 10 dias e os motivos já foram explicados aqui pela coluna. Mas, para quem não sabe ou não lembra, vamos lá. No início de agosto deste ano a obra parou porque os fiscais estavam encontrando uma série de problemas, principalmente uma suposta má-qualidade no material que está sendo utilizado. Um dos questionamentos é a brita, que está sendo retirada de um local próximo ao canteiro de obras. A pedra utilizada nesse tipo de serviço não pode conter pó, pois compromete a qualidade do asfalto e por lá estão utilizando brita inferior a recomendada. Teste em laboratório do DER comprovam que o material utilizado é inferior ao contratado.
Pois bem
Os fiscais continuam sem assinar as medições, alegando que as falhas precisam ser corrigidas. Uma turma andou por Brasília tentando trocar os fiscais para tentar “agilizar o andamento da obra”. Não deu certo. Em função disso, a empresa responsável pela execução dos serviços continua sem receber e nem vai, enquanto não fizer os ajustes necessários. O valor total do emprendimento é de mais de R$ 30 milhões e é de extrema importância para Ji-Paraná. O grande problema é que, assim como várias outras obras que foram executadas pelo atual govermo, a qualidade é duvidosa. Quem por exemplo não lembra da pista do aeroporto de Ji-Paraná, tão propagandeada pelo governo e vive sendo interditada pela ANAC?
Estagnou
O Ministério da Educação divulgou os dados do Índice do Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e os números de Rondônia mostram que por aqui a coisa manteve o mesmo ritmo do Brasil, ou seja, estagnou. Em 2011 o índice era de 3.7, em 2013 apresentou uma queda de 3.6 e a projeção para 2014 é de 3.8. Vários municípios não atingiram a meta estabelecida pelo governo federal, e em alguns casos esses números são gritantes. O mapa com a apresentação dos dados do país inteiro podem ser baixados AQUI!
Mas também
Pudera. O governo atual conseguiu fazer as maiores trapalhadas nessa área desde que assumiu. Por lá já passaram apadrinhados, secretários tampões e por último Confúcio resolveu colocar o empresário Emerson Castro, que é esforçado e faz o básico, ou seja, não deixa a coisa desandar.
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Assistir TV ao final do dia pode aumentar nível de estresse
Depois de um longo dia de trabalho, sentar no sofá e assistir televisão parece ser uma boa ideia para reduzir o estresse. No entanto, um novo estudo descobriu que, em vez de ajudar a relaxar, o hábito pode piorar a situação. A pesquisa, conduzida pela Johannes Gutenberg University Mainz, na Alemanha, descobriu que as pessoas que atingiram altos níveis de estresse no trabalho e assistiram televisão ou jogaram vídeogame se sentiram culpadas em vez de relaxadas ou recuperadas. A pesquisa também concluiu que as pessoas que se sentiam mais cansadas e, por isso, poderiam ser mais beneficiadas pelo relaxamendo em frente à TV, na verdade, experimentavam ainda mais sentimento de culpa por considerar o hábito como um sinal de falha em relação ao auto-controle. “A culpa diminui os efeitos positivos da tentativa de relaxamento e reduz a recuperação e a vitalidade”, explicou o estudo, publicado no Journal of Communication. Estudos anteriores apontavam que assistir televisão ou jogar vídeogame ajudavam as pessoas a se desligar do trabalho e relaxar. Essas pesquisas também mostravam que ganhar um jogo ou assistir a um filme que provocasse reflexão oferecia às pessoas a sensação de controle durante o lazer, fazendo com que se sentissem mais energizadas. “Isso demonstra que, na vida real, a relação entre o uso da TV ou do vídeogame e o bem-estar é complicado e que esses hábitos podem entrar em conflito com outros, menos prazerosos, mas mais importantes”, disse Leonard Reinecke, um dos autores do novo estudo.
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