Números são do Anuário da Segurança Pública e revelam ainda um aumento nos crimes não solucionados
Como é
O poder público em Rondônia inventou, um tempo atrás, de contratar operadoras que gerenciam cartões magnéticos usados na compra de combustíveis. A princípio parece ser uma boa idéia, mas só parece. As compras feitas por esses cartões não são divulgadas, e deveriam. As secretarias tinham que publicar, mensalmente, os extratos, já que o sistema permite saber qual veículo e qual servidor fez a compra. E isso não acontece atualmente.
Pelo contrário
Apenas o órgão gestor tem acesso a esses extratos. E tem mais, o cartão não prima pela economicidade, um dos princípios básicos da gestão pública. Vence a licitação a empresa que cobrar uma taxa menor de administração, que gira em torno de 1,5 a 3% do valor global do contrato. Os combustíveis não são tabelados, mas os veículos só podem ser abastecidos em postos que possuem credenciamento no sistema, ou seja, minha gasolina pode ser mais barata, mas eu não sou credenciado, portanto o governo compra do meu concorrente, que vende mais caro e faz parte da “rede”.
Portanto
Este método é bom ser revisto e avaliado, e principalmente, bem mais controlado. Do jeito que está não convence nem um pouco. O mesmo podemos dizer dos cartões de crédito corporativos usados por alguns membros do governo.
Enquanto isso
O médico terceirizado contratado pelo IBRAPP que anda arrumando confusão pelo Hospital de Base, coleciona boletins de ocorrência. Tem cerca de 10 já registrados contra ele por xingar servidores e por difamação. Interessante observar que esse tipo de assédio moral parece ser comum no setor de saúde de Rondônia. A gente ouve cada relato sobre uma “autoridade” que gosta muito de tratar de seus subordinados aos gritos. Vai ver o médico, de fato, convive muito com tal figura que ele diz ser amigo.
Crimes
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgou esta semana o 8º Anuário Brasileiro da Segurança Pública e trouxe números que compravam o que todo mundo já sabia, a violência, o roubo e a criminalidade, de uma forma geral, está tomando proporções assustadoras. Em que pese Rondônia aparecer com uma pequena redução entre os anos de 2012 a 2013 (esses foram os anos de comparação) nos crimes de homicídio (484 para 470), a coisa pegou mesmo foram nos casos de roubos.
Números
Os casos de roubos aumentaram de 8.984 para 13.228. Também no quesito “mortes a esclarecer” saltamos de 308 casos para 343. Mortes no trânsito por homicídio culposo (sem intenção de matar) pularam de 254 para 275. Os casos de estupro diminuíram um pouco, desceram de 885 para 833. Os casos de lesão corporal dolosa (quando há intenção) saltaram de 9.964 para 10.572. Os crimes violentos letais intencionais oscilaram desde 2009, quando foram registrados 520 casos. Em 2010 foram 582, em 2011 415, em 2012 esse número saltou para 506 e em 2013 caiu para 483.
Mais números
A Polícia Militar matou, em Rondônia, durante confrontos com bandidos, 6 em 2012 e 10 em 2013. Já a Polícia Civil matou 1 em 2012 e 2 em 2013. Policiais militares fora de serviço mataram 2 pessoas, 1 em 2012 e 1 em 2013. Por aqui, em 2012 morreram 523 pessoas por agressão sem armas de fogo e em 2013 foram 476 vítimas. Mortes por agressões com armas de fogo em 2012 foram 338 e em 2013 esse número caiu para 300. Por aqui também morreram mais brancos (147) que negros (39), mas foram os pardos (271) que morreram mais. Também morreram mais homens (427) que mulheres (49) nos crimes de agressão. Depois traremos os números do sistema prisional. Caso queira ler o relatório na íntegra, CLIQUE AQUI.
Falando em prisão
A Polícia Militar está à procura de André Ferreira de Farias, Cristofer Diego Pereira Lopes, Deoclécio Sevalho, Erivelton Ribeiro de Souza, Evandro Pereira da Silva Junior, Everton Pereira Campos, Jackson Roberto de Carvalho, Leandro da Silva Pinheiro, Luciano Anderson da Silva, Lucivando Ferreira da Silva e Madson Lima da Silva. Eles fugiram do complexo Ênio Pinheiro após se esconderem em um pavilhão abandonado.
O que acontece?
Em 2011 uma empresa de água mineral ganhou uma ação na justiça de Rondônia. Ela havia sido acusada pelo Ministério Público de vender água não apropriada para o consumo humano. Na verdade, segundo o juiz, a ação tinha falhas e absolveu a empresa da acusação. Também em 2011 um consumidor de Porto Velho, Isac Souza registrou ter comprado um garrafão da mesma empresa e ele estava com o fundo esverdeado, cheio de lodo. O caso foi divulgado na imprensa e o gerente de produção da empresa de água mineral, disse na época que “casos como estes são comuns”, e completou, “a aparência esverdeada são algas que se formam dentro dos garrafões que ficam por muito tempo expostos ao sol, de forma inadequada de serem armazenados”.
Porém
Eu mesmo comprei dois garrafões da empresa e eles estavam estocados em minha casa, do lado de dentro, sem sol algum. Comprei sem nenhuma “alga”, passados 10 dias, os garrafões estavam com lodo no fundo e nas laterais. Em contato com especialistas, eles informaram que esse tipo de coisa “não é normal” e o lodo pode conter bactérias. Em 2010 o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – IDEC, testou e reprovou a água dessa empresa rondoniense, pois segundo o instituto, a mesma continha a bactéria Pseudomonas aeruginosa (bactéria patogênica que pode causar problemas respiratórios graves em pessoas com baixa imunidade, além de infecções gastrintestinais, principalmente, em crianças), acima do limite permitido.
De qualquer forma
Não pode ser “normal” um garrafão fechado produzir uma enorme quantidade de “algas”, tampouco pode ser “normal” a vigilância sanitária e os órgãos de fiscalização não tomarem providências em relação a uma situação dessa natureza. Será que no Brasil tudo só se resolver depois que tudo dá errado? A vigilância sanitária estadual e municipal precisam averiguar essas empresas, não apenas essa empresa, mas todas elas. E essas fiscalizações devem ser rotineiras e não sazonais ou quando ocorrem denúncias. O garrafão está na minha casa e vai ficar por lá. Se alguém quiser mandar para um laboratório, é só pedir.
Fechando
Não quero processar a empresa, não quero dinheiro do garrafão. Quero que sejam feitas fiscalizações sobre essas empresas para evitar qualquer tipo de contaminação, já que essas águas são vendidas indiscriminadamente e muitas vezes temos que ficar escolhendo garrafões. O ideal seria obrigar essa indústria a adotar os garrafões de vidro, que duram mais e são mais seguros.
Para contatos
Fale conosco pelos telefones (69) 3225-9979 ou 9363-1909. Também estamos no http://www.facebook.com/painel.politico e no Twitter (@painelpolitico). Caso prefira, envie correspondência para Rua da Platina, 4326, Conjunto Marechal Rondon. Whatsapp 9248-8911.
Sucos de caixinha podem ter mais açúcar do que refrigerantes
Um copo de suco de caixinha tem mais açúcar do que refrigerante. O alerta vem da organização britânica “Action on Sugar”, que analisou mais de 200 marcas da bebida. De acordo com a pesquisa, mais de um quarto delas continha o mesmo nível de açúcar ou mais do que Coca-Cola, que tem 10,6 g para cada 100 ml. As piores marcas identificadas pelo grupo tinham níveis que variavam de 13g a 16g para cada 100 ml. A pesquisa olhou especificamente para sucos que foram destinados a crianças ou comercializados em merendas escolares. Nutricionistas afirmaram que tais concentrações podem ocasionar obesidade infantil e cárie dentária. Por outro lado, sucos de frutas frescas, que não podem conter aditivos como açúcar extra, tendem a ser menos nocivos do que bebidas de frutas ou sucos feitos a partir de concentrado. Em sua defesa, a Associação de Refrigerantes Britânica (BSDA) alegou que o consumo diário de suco de frutas no Reino Unido chega a uma média de apenas 45 ml por pessoa, representando cerca de 1% das calorias da dieta média britânica.
Add Comment