O Clube Esportivo Operário Várzea-Grandense (CEOV) informou, nesta quarta-feira (22), que não irá mais contratar o goleiro Bruno Fernandes, condenado a mais de 20 anos de prisão pelo sequestro, assassinato e ocultação do cadáver de Eliza Samudio, em 2010. Um comunicado foi emitido à imprensa, entretanto, não justifica o motivo da desistência. Sabe-se que nos últimos dias, a Eletromóveis Martinello desautorizou o uso da marca em uniformes do Clube, assim como a cooperativa Sicredi.
Contra a ida do goleiro para o time, na noite de terça-feira (21), manifestantes se reuniram no entorno do estádio Dito Souza, instalado no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, onde seria realizada uma partida de futebol do tricolor. As mulheres estavam vestidas de preto e, além de cartazes, seguravam um cartão vermelho nas mãos, que indica a expulsão de um jogador em uma partida de futebol.
O ato organizado pelo Bloco das Mulheres contou também com a presença de homens. Diversos cartazes foram expostos com frases do tipo: ‘Feminicida não pode ser exemplo’; ‘Matar mulher é grave sim’; ‘Não compre ingresso, não pague para ver feminicida’; ‘Operário sim, assassino não’.
Também na terça-feira, a Martinello anunciou que desautorizou o uso da marca nos uniformes do time e em painéis utilizados em entrevistas. A empresa alegou não concordar “que condenado por crime tão grave e torpe seja elevado ao patamar de ídolo esportivo, pois o esporte é para cidadãos exemplares que cultivam a vida, o respeito ao próximo e o espírito de equipe”.
Na segunda-feira (20), a cooperativa Sicredi anunciou que irá retirar sua marca dos uniformes, mas alegou que ausência do logo nas camisetas do Operário ocorre em função da estratégia da empresa. A assessoria informou que o Sicredi patrocina a Federação Mato-Grossense para o Campeonato Estadual de Futebol 2020 e não o Operário. Acrescentou ainda, por meio de nota, que não comenta as contratações de jogadores feitas pelos clubes.
FONTE: CENARIO MT
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