A Polícia Federal, a pedido do Ministério Público de Rondônia, esteve na sede da Assembleia Legislativa na manhã desta quinta-feira, 05, para executar mandados de busca e apreensão nos gabinetes dos deputados Jean de Oliveira (MDB), Laerte Gomes (PSDB) e na Superintendência de Recursos Humanos. Batizada de Operação FELDEBERG, mais de 200 homens da PF se mobilizaram nas cidades de Alta Floresta, Vilhena, Ji-Paraná, Alto Alegre, Humaitá e Cuiabá para cumprir ao todo 11 preventivas, 3 prisões temporárias e 10 mandados de suspensão da função pública.
Apuro-se que na Assembleia Legislativa não foi pedida a suspensão de função pública de nenhum parlamentar e as buscas no setor de Recursos Humanos foi realizada para apreender documentos de nomeação de servidores do gabinete do deputado Jean de Oliveira. O caso das “rachadinhas” investigado nos inquéritos abertos em 2016 envolveu 8 funcionários do parlamentar de Alta Floresta e 4 deles foram presos pela Polícia Federal nesta quinta.
O alvo principal da investigação do MP aberta há 3 anos foram as supostas fraudes em operações de gado na Agência de Defesa Agrosilpastoril do Estado de Rondônia (Idaron) envolvendo pessoas ligadas ao deputado Jean de Oliveira, empresários do ramo de frigoríficos e servidores públicos. Outro esquema apurado foi a invasão de terra pública e a posterior tentativa de fraude para regularizar os lotes em cartórios de Alta Floresta e Rondolândia. Houve, segundo o MP, obtenção de vantagens de funcionários da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam).
No decorrer das investigações, pessoas ligadas ao deputado Jean e seu pai, o foragido da Justiça Carlão de Olivera, foram interceptadas falando sobre a eleição da Mesa Diretora. Ambos estão presos e encaminhados aos presídios de Porto Velho após depoimentos.
Especulação
A Polícia Federal e o Ministério Público se recusaram a fazer coletiva a imprensa para esclarecer os fatos e divulgar a lista das cautelares e prisões. O alvo principal da operação não era a Assembleia Legislativa, mas o esquema de invasão de terra pública, fraude em cartório e sonegação de ICMS através do Idaron.
Da Redação Folha
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