Sei que quem sabe não nos informa ou não pode. “Sofrer? Um pouco, mas não deixemos de sorrir, pois a morte do outro nos convida a refletir, que um dia todos nós vamos nos despedir. Se há um outro lado, saber ainda vamos, quem sabe ainda existam outros planos e ainda nos reencontramos….” (Débora Guerra).
OPERAÇÃO C-19, O USO DA FORÇA COMO ÚLTIMA ALTERNATIVA
A Polícia Militar de Rondônia colocando em andamento a Operação C-19, segundo consta para garantir o cumprimento do Decreto 25.113, de 5 de junho de 2020, que define medidas temporárias de isolamento social restritivo, visando a contenção do avanço da pandemia nos municípios de Porto Velho e Candeias do Jamari. Toda a atuação conta com apoio do Corpo de Bombeiros Militar, Vigilância Sanitária, Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa), Secretaria Municipal de Serviços Básicos de Porto Velho, Defesa Civil, entre outros órgãos. A Operação C-19 conta, ainda que, o cidadão que, ao detectar atos que atentem contra às previsões do Decreto Governamental, efetivem denúncia pelo telefone Whats App: 99379-9712, sem prejuízo do tradicional contato 190. O número somente será para mensagem. Bem, não conta com minha simpatia este tipo de operação. Não creio que vá dar certo, nem que todo mundo vá ficar em casa. Há muitas pessoas que não tem como por ser uma questão de sobrevivência. Vamos ver no que vai dar.
OS MICROS E PEQUENOS SOFREM MAIS COM O ISOLAMENTO
Uma coisa se pode certeza: com mais uma semana de isolamento restritivo vai aumentar a mortalidade das micro e pequenas empresas e as demissões. Um estudo da Biz Capital, com mais de dois mil empreendedores, constatou que 90% dos empresários foram afetados negativamente pela pandemia. Destes, 40% tiveram que demitir de um a três funcionários. No entanto, 49% afirmaram que não precisaram demitir funcionários para sobreviver. Mas, são os pequenos empresários estão fazendo o possível para não haver corte de pessoal. O estudo mostra que a média de demissão por empreendimento é de um a dois funcionários, mas, como são micros e pequenas empresas, a média de funcionários por estabelecimento entrevistado é de três. Isto significa que, em geral, mais da metade do quadro de funcionários acaba sendo demitido. A estimativa é de que 11% das empresas tenham falido na atual crise. Em off os empresários dizem que o governo estadual, como está arrecadando com as grandes, não tem dado atenção aos pequenos. Mas, a queixa também é feita pelos grandes empresários no sentido de que, como as decisões são feitas de forma apressada e sem um cronograma todo e qualquer planejamento que façam acaba no brejo.
EXPECTATIVA DOS EMPRESÁRIOS DO COMÉRCIO DE MANAUS EM QUEDA
A primeira semana de reabertura dos segmentos não essenciais do comércio de Manaus não foi lá o resultado esperado, mesmo que tenha sido movimentado em alguns dias e com produtos específicos, os de consumo popular. Mas, foi suficiente para melhorar um pouco o otimismo do setor com portas fechadas por mais de 70 dias. Ainda assim há muita incerteza sobre as vendas para o Dia dos Namorados. A estimativa mais citada é a de uma queda nos negócios de 40% em relação ao mesmo período de 2019. Um desempenho tão negativo é previsível porque setores importantes, como restaurantes e salões de beleza ainda estão de portas fechadas. E pesa também as memórias dos resultados ruins na Páscoa e no Dia das Mães deste ano, quando as expectativas de um recuo acima dos 50% foram confirmadas pelas vendas. Como comprovação das expectativas pouco otimistas dos empresários o Icec (Índice de Confiança do Empresário do Comércio) da CNC (Confederação Nacional do Comércio), registrou 105,5 pontos em Manaus e encolheu 16,4% em relação a abril de 2020 (126,2) . Em relação a maio do ano passado (135), o decréscimo foi de 21,85%. No Brasil, o índice também registrou sua maior queda mensal desde o início da pesquisa, em março de 2011. Caiu 20,9%, a terceira queda seguida, atingindo 94,5 pontos -o menor nível desde setembro de 2016. Em relação a maio de 2019, a redução foi de 22,8%.
COMO CRESCER NO “NOVO NORMAL”
Na próxima quarta-feira (10), às 9h, o Instituto Di Blasi, Parente, em parceria com a Pieracciani, inicia uma série de webinars para debater “Como crescer no novo normal”. O primeiro será sobre as inovações que as empresas buscam no mundo pós-pandemia, com a gerente de inovação da BASF, Mirella Lisboa, e a especialista em parcerias de P&D da Vale, Cristina Assimakopoulos. Inscrições podem ser feitas pelo link https://mailchi.mp/pieracciani/live_diblasi.
CRISE DO CORONAVÍRUS SERÁ PIOR PARA O BRASIL
Segundo o Banco Mundial, a economia global terá uma queda de 5,2% neste ano, ou seja, teremos a mais profunda recessão desde a Segunda Guerra Mundial, com a maior proporção de economias desde 1870 a experimentar declínio do produto per capita. Isto representa um notável aumento da pobreza quando se sabe que a recuperação será lenta. A média de encolhimento das economias avançadas deve ser de 7% e das em desenvolvimento de 2,5%, mas, será a primeira contração de todos em 60 anos. Já a economia brasileira deve encolher 8% em 2020, um dos piores resultados globais. Além de ter uma retração superior à média mundial, o país tem uma recuperação lenta, pois, a projeção de crescimento para 2021 é de 2,2%, pouco mais da metade do crescimento mundial de 4,2% esperado para o próximo ano.
AUTOR: SILVIO PERSIVO – COLUNA TEIA DIGITAL
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