As obras de revitalização do Parque Natural de Porto Velho, espaço antes conhecido como Parque Ecológico, estão avançando e uma parte considerável das novas estruturas estará concluída até em outubro deste ano. A afirmação foi feita pelo secretário municipal de Meio Ambiente (Sema), Edjales Brito, que explicou também como recursos relativos a compensações ambientais têm sido aplicados na oferta de espaço para pesquisas biológicas e otimização do lazer e turismo ecológicos para os moradores e visitantes da cidade.
Uma área de 300m² de extensão será destinada para o circuito de arvorismo, onde funcionará uma tirolesa de 90 metros de inclinação e com o maior grau de dificuldade entre as demais existentes no estado. Segundo Edjales, a iniciativa vai estimular bastante o esporte de aventuras na região. O circuito terá utilização gratuita, será aberto nos finais e semanas e feriados e equipes de técnicos da empresa Amazônia Adventure garantirão a proteção dos esportistas. “Queremos entregar esses trezentos metros de circuito até em outubro deste ano. Noventa por cento já está concluído, falta remover as estruturas do antigo zoológico para abrir mais espaço e construir alguns quiosques”, explicou.
Os recursos para a construção do circuito de arvorismo provêm de compensação ambiental. “A compensação vem por parte do Supermercado DB e Cipasa Urbanismo, que são licenciamentos próprios da Sema. Para a construção do museu do acervo biológico e da sede administrativa estamos contando com parte de compensações da Usina de Jirau, decorrentes de um licenciamento de uma subestação que liga Jirau, Nova Mutum e Jacy-Paraná. Com esses recursos também fizemos as calçadas especiais para acesso de pessoas com deficiências, provemos os custos referentes a todos os projetos arquitetônicos de engenharia de todas as obras, incluindo borboletário, serpentário, um museu indígena e outro museu voltado aos ribeirinhos e seringueiros, a torre de observação e os materiais eletrônicos de monitoramento e vigilância, como GPS, máquinas fotográficas, filmadoras e computadores”, explicou o secretário.
O museu do acervo biológico, que está sendo totalmente reconstruído em relação ao que existia anteriormente, contará com espaço para a ictiofauna do Igarapé do Belmont, que atravessa parte do Parque e onde já foram catalogadas mais de cem espécies de peixes. O igarapé tem sido considerado como um dos principais berçários do Madeira. Haverá ainda espaços dedicados à avifauna, à mastofauna e para os elementos do solo do Parque. Os acervos disponíveis serão também em forma de fotos, vídeos e animais empalhados, recebidos de várias instituições.
De acordo com Danilo Soares, um dos engenheiros responsáveis das obras, o museu está na fase de demolição da antiga estrutura e a nova terá 258m² para sala de exposições, 27m² para sala de administração, 32m² para a reserva técnica e área para banheiros femininos e masculinos.“Além de tudo isso, teremos também espaço especialmente dedicado para o viveiro de plantas e árvores nativas, áreas para a livre circulação da fauna nativa, que estará disposta a contemplação e pesquisas, e uma torre de observação com 54 metros de altura, construída em aço e dotada de três plataformas e um elevador. São 390 hectares de área para a contemplação, pesquisa e lazer em Porto Velho. Estamos contentes com o que está surgindo e ansiosos pelo momento em que teremos tudo isso pronto e à disposição das pessoas”, finalizou o secretário da Sema.
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