O número de casos de coronavírus no Brasil, que chegou a 98 nesta semana, deve explodir nos próximos quinze dias. É com esse horizonte de tempo que trabalham infectologistas, hospitais e o próprio Ministério da Saúde para adequar redes pública e privada à demanda de internações por covid-19.
O início do outono, em 20 de março, deve intensificar a “progressão geométrica” de casos, conforme assinalam especialistas. Nessa estação do ano, aumentam as doenças respiratórias por conta da redução na temperatura e na umidade relativa do ar.
“A gente espera um aumento de casos no Brasil, nas próximas duas a três semanas, mas a velocidade com que isso vai acontecer, nós não sabemos. Ainda estamos em fase de aprendizagem”, explica a médica infectologista Nancy Bellei, professora da Escola Paulista de Medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
De acordo com ela, alguns modelos matemáticos, inclusive utilizados pelo governo, dão estimativas da onda de contaminação que está por vir. Na última quinta-feira (12), o governo de São Paulo estimou que ao menos 460 mil pessoas vão contrair coronavírus no estado.
O cenário mais pessimista projetado pelo infectologista David Uip, responsável pelo Centro de Contingência para o Coronavírus de SP, indica que 10% dos paulistas serão infectados — ou seja, quase 4,6 milhões de pessoas somente no estado.
Em análise publicada pela Folha de S.Paulo, o Instituto Pensi, centro de pesquisa clínica em pediatria do Hospital Infantil Sabará, aponta que, a partir do momento em que o Brasil confirma 50 casos da doença covid-19, o País pode chegar a mais de 4.000 casos em 15 dias e a cerca de 30 mil em 21 dias. O 50º caso foi registrado na quarta-feira (11) — ou seja, até do dia 26, saltaria para a casa dos milhares, de acordo com esse modelo.
O coordenador de vigilância em saúde e laboratórios de referência da Fiocruz, Rivaldo Venâncio, estima que a intensificação da doença no…
FONTE: HuffPost Brasil
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