Projeto do Hospital tinha falhas gravíssimas e governo pagou duas vezes pelo mesmo serviço
O que falta?
O governo de Confúcio Moura acabou. Não tem mais salvação e a pá de cal foi a Operação Murídeos deflagrada pela Polícia Federal na manhã da última quarta-feira e sobrou até para o prefeito de Porto Velho, Mauro Nazif, que foi querer ser “parceiro” de Confúcio e passou a valer aquela máxima, “diga-me com quem andas”. Pois é, a operação teve como foco o governo de Confúcio, que já sofreu a quinta ação de polícia, chegando cada vez mais perto do chefe do Executivo, e de novo ele cai no grampo.
“A empresa deu certo?”
Confúcio e seus “assessores” tentaram emplacar uma empresa do “amigo de infância” do governador, Élson Ribeiro e Pólvoa (ex-presidente do Sinduscon-DF) para executar as obras do Hospital de Ariquemes, mas não contavam com a astúcia do empreiteiro rondoniense Giuliano Borges (Engecon), que resolveu investigar a empresa “Técnica”, de Brasília. No levantamento, a Engecon descobriu que todo o acervo (obras realizadas) apresentadas pela Técnica não passavam de “obras no papel”, fantasiosas e como papel aceita tudo, a empresa quase se deu bem (não fosse pelo ‘quase’).
Pois é
E nessa Confúcio caiu de novo. Seu assessor direto, Antônio Fortunato de Oliveira Neto, que estava no grampo da PF, em conversa com o governador, tratou sobre a licitação. Confúcio pergunta, “e a empresa de Brasília, não deu certo”? E Fortunato responde, “não governador, quem ganhou foi a Engecon”. Confúcio retruca, “a Engecon é do Giuliano? Então trás ele comigo”. E Giuliano só não foi rifado do processo por um mero detalhe, ele conhece o jogo e teria feito um escândalo sobre o caso, procurado a imprensa ou o Ministério Público. Ou ambos.
E o HEURO
O Hospital Estadual de Urgência de Rondônia está sendo construído pelo DER/DEOSP, mas quem está recebendo é a Construtora Roberto Passarini. A afirmação é da Polícia Federal e por isso o empresário foi levado à sede da Superintedência para dar explicações. Eles estavam comprando cascalho sem licitar, nomearam servidores retroativamente e tentaram até trocar fiscais da obra. Mas o problema é que Passarini mantém fortes relações com o ex-secretário de Confúcio e atual deputado federal Lúcio Mosquini, preso na Operação Ludus (mais uma que pegou gente do governo) no final de 2014. Era Mosquini quem dava cobertura para Passarini. Confúcio, conforme mostram as gravações, estava querendo que a empresa fosse dispensada, mas não estava conseguindo. Deu no que deu.
“O prédio vai cair”
As obras do Hospital de Urgência de Porto Velho apresentaram graves falhas estruturais no projeto, e segundo conversa gravada entre o empreiteiro Roberto Passarini e um engenheiro do Paraná, “gente do governo havia mexido no projeto”. A informação foi confirmada através de uma outra conversa, entre Fortunato e uma mulher identificada como “Lú”. No diálogo eles falam claramente que já tinham conhecimento do problema. Veja um trecho da transcrição: “Lu – O Ozimar e o Renan, que são da fiscalização né, me chamaram pra perguntar sobre aquela coisa que a gente tava conversando” – “Fortunato – aham” – “Lu – aí eles estão com uma preocupação grande com aquela fundação que foi feita não vai parar em pé esse prédio” – “Fortunato – É mesmo? – “Lu – Então vai ter que fazer sondagem, é num brejo e é sapata isolada, então que o prédio vai cair, vai ter que fazer sondagem e vai ter que refazer as…pra ver se realmente, se dá ou se tem que refazer o projeto de fundação”.
Sabe o que eles fizeram?
Um documento retroativo para a elaboração de mais um termo aditivo do contrato. Ou seja, pagaram duas vezes pelo mesmo serviço. Passarini, em conversa com o arquiteto do Paraná afirmou que o projeto continha erros grosseiros e acreditava que o “pessoal do governo” havia adulterado a planilha de custos apontando a licitação de um concreto de menor resistência para superestrutura da obra para baratear a licitação. O engenheiro paranaense diz o seguinte a Passarini, “então, eu aconselho o senhor pedir por DEOSP (a planilha) porque, provavelmente, eles mexeram mesmo, mas aí é coisa deles, aí o senhor vai ter que pedir autorização para eles e ver o que eles falam”.
Escola “modelo”
Modelo de incompetência, de corrupção e de desperdício. Assim podemos classificar a tal Anísio Teixeira, um monstrengo desnecessário, situada em uma área com baixa demanda letiva e um modelo que atualmente é desprezado pelo Ministério da Educação, dado seu alto custo de construção e principalmente, manutenção. O Estado inaugurou esse ano duas Escolas padrão MEC, uma em Porto Velho e outra em Ji-Paraná com recursos do PAR – Plano de Ações Articuladas ( ferramenta de gestão que financia Estados e Municipios a partir de indicadores estritamente técnicos). Hoje uma Escola padrão MEC deve custar aproximadamente 6 milhões de reais. Os recursos para as duas Escolas padrão MEC foram conseguidos ainda pela equipe do governo Cassol em 2010, que deixou ainda a perspectiva de se construir mais 15 unidades do mesmo padrão (apresentadas as demandas locais e terreno adequado). Mas quem aproveitou as obras para engradecimento politico foi o senador Acir Gurgacz.
Em resumo
O governo não precisava criar e muito menos financiar no BNDES a tal Escola Anisio Teixeira, que está em prédio alugado. Não há demanda na região onde está sendo construida, fato pelo qual o MEC não repassa recursos para construções sem demanda comprovada (sem contar que Escola Modelo não é politica educacional do MEC ou de qualquer Governo sério). O MEC defende que se melhore o sistema como um todo. Experiências esporádicas retiram recursos para uma Escola, em vez de redistribuí-los nas carências da rede de ensino, sem contar na falsa ilusão de que todo o sistema tem o mesmo padrão. Resta agora o Tribunal de Contas avaliar sua real necessidade.
Estavam no grampo
Maria Emília da Silva; Alvaro Humberto Paraguassu Chaves; Roberto Luiz Passarini; Antônio Fortunato de Oliveira Neto; Ricardo Pimentel; Renan da Silva Gravatá; Francisco Portela Aguiar; Alvaro Lustosa Pires Júnior; George Alessandro Gonçalves Braga; Jorge Elarrat Canto; Norman Veríssimo da Silva; Márcio Rogério Gabriel; Iacira Azamor; Michele Machado Marques; Waldemar Cavalcante de Albuquerque Filho. As autorizações foram expedidas pelo juiz federal Pablo Zuniga Dourado.
Covardia paga com dinheiro público
Uma das situações mais esdrúxulas cometidas pelo atual governo foi pagar “manifestantes” para irem as sessões da Assembleia Legislativa xingar o então presidente, Hermínio Coelho. Teve até “manifestante indignado” que deu murros em mesa e foi colocado para fora. A Polícia Federal flagrou e monitorou toda a movimentação de contratação, execução e pagamento desses “manifestantes’ que invadiram o plenário da Assembléia com cartazes de apoio a Confúcio e de retaliação ao ex-presidente da Casa, Hermínio Coelho. A assembleia, na ocasião, avaliava um pedido de impeachement de Confúcio Moura. Mas sabe o que é mais grave? A comida, o transporte e as “diárias” podem ter sido pagos com dinheiro roubado do Estado.
Isso mesmo
Dinheiro público financiando a safadeza dos aloprados governistas que não se controlam em puxar o saco. George Braga, secretário de Planejamento do Estado, o ex-chefe da Casa Civil Marco Antônio Faria e Waldemar Cavalcante, chefe de gabinete do governador foram os “articuladores” e garanto, nenhum dos três meteu a mão no bolso para pagar essa despesa.
A operação
Em função de evidências que apontam o suposto envolvimento de Confúcio, foi desmembrada e uma outra linha está sendo investigada. Então, com toda a certeza, a tendência é que muita gente que agora só foi “convidada” a dar explicações, seja engaiolada na próxima fase.
E o Mauro?
Pois é, o prefeito de Porto Velho aparece no inquérito da PF por ter se reunido com Confúcio para “acelerar” a liberação de licenças para a construção do Hospital de Urgência. Como eu disse lá em cima, “diga-me com quem andas”…
Não vai funcionar
Não quero azedar os investimentos de ninguém, mas quem mexe com psicultura sabe que pirarucu atualmente é um péssimo negócio e o governo, mais uma vez está incentivando uma “barca furada”. A ração é cara e o mercado não absorve sequer a produção atual, que é pequena. Apesar de ser considerado o “bacalhau da Amazônia” o peixe está longe de ser um “excelente investimento” como a turma da enganação está querendo fazer parecer. E não, as pessoas não vão comer mais pirarucu só porque o governo quer. Se vai criar peixe, crie tambaqui. Pirarucu é furada.
Só para relembrar
Esse governo atrapalhado esculhambou com o programa pró-peixe do governo anterior, que vinha conseguindo bons resultados. Acabou de tal forma, que os pequenos produtores que estavam começando a melhorar, quebraram. E agora quer que as pessoas criem pirarucu? Senta lá Cláudia!
Tráfico
Mas de influência. O Ministério Público Federal instaurou inquérito contra o ex-presidente Lula suspeito de usar sua influência para facilitar negócios da empreiteira Odebrecht com governos estrangeiros onde faz obras financiadas pelo BNDES. Com isso, o Ministério Público Federal passa a ter prerrogativa de utilizar todas as ferramentas investigativas. O Instituto Lula se disse surpreso e afirma que irá comprovar as legalidades.
Para contatos
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Saiba o que é doença celíaca, causada pelo consumo de glúten
Cerca de dois milhões de brasileiros têm a doença celíaca, causada por intolerância ao glúten, mas muitos não sabem. Esta situação acontece porque o diagnóstico do problema é difícil: pode ser confundido com doenças do intestino ou relacionadas à carência de nutrientes. Os sintomas mais frequentes são diarreia, excesso de gases e desconforto abdominal, além de fadiga e dor de cabeça. Nas mulheres, pode haver irregularidades menstruais. A enfermidade é autoimune, ou seja, causada pelas próprias células de defesa do organismo, que agridem outras e provocam inflamação. O glúten — proteína presente no trigo, no centeio e na cevada, entre outros alimentos — é responsável por este processo. Também existe uma pré-disposição genética. A nutricionista Noádia Lobão explica que o glúten atrapalha a capacidade do intestino em absorver nutrientes, o que acaba gerando outras deficiências. A doença celíaca costuma surgir na infância, mas também pode aparecer na idade adulta. O diagnóstico é feito através de um exame de sangue. “O tratamento principal é a extinção total do glúten”, explica Noádia. Alguns dos alimentos que geralmente contêm glúten são pão, bolo, biscoito e macarrão. Mas os pacientes não devem fazer a dieta por conta própria, sem orientação profissional.
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