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Inglaterra e Escócia voltam à quarentena total diante do avanço da nova cepa do vírus

Só no território escocês, variante descoberta em dezembro já responde por quase metade dos novos casos; Catalunha também anuncia medidas mais restritivas, impedindo os cidadãos de saírem de suas cidades

A Escócia e a Inglaterra determinaram uma quarentena total nesta segunda-feira para controlar a disseminação da Covid-19, que está acelerando nos países com o avanço de uma cepa mais transmissível do vírus. A variante, descoberta em 14 de dezembro no sudeste da Inglaterra, é 70% mais contagiosa do que o vírus que circulava inicialmente.

Na Inglaterra, escolas e universidades serão fechadas, com o ensino sendo transferido para o modo remoto a partir desta terça-feira. O primeiro-ministro Boris Johnson afirmou que os hospitais ingleses estão passando pelo momento mais difícil da pandemia. As internações cresceram 30% e o número de mortes aumentou em 20% durante a última semana.

A população só poderá sair de casa para fazer compras essenciais, praticar exercícios, para trabalhar caso seja impossível fazê-lo de casa e em outras poucas exceções. Bares e restaurantes já estavam fechados, e as determinações para reuniões sociais também já eram bem restritas.

— Com a maior parte do país já sob medidas extremas, é claro que precisamos fazer mais juntos para pôrr essa nova variante sob controle — disse Boris em um discurso na televisão.

O premier também informou que, se o cronograma do programa de vacinação correr conforme o planejado e o número de casos e óbitos responderem ao confinamento como esperado, deve ser possível relaxar a quarentena até meados de fevereiro. No entanto, ele mesmo afirmou que é necessário ter cautela quanto ao cronograma.

Na Escócia, a primeira-ministra Nicola Sturgeon afirmou que a nova variante da Covid-19 responde por quase metade dos novos casos no país. Ela também anunciou que a população será obrigada a ficar em casa em janeiro a partir de meia-noite, sendo autorizada apenas a sair por motivos considerados essenciais.

As escolas serão fechadas para todos também, com exceção dos filhos dos trabalhadores considerados essenciais e das crianças com necessidades especiais. Restaurantes e bares já haviam sido fechados anteriormente, podendo apenas fazer entregas.

— Estou mais preocupada com a situação que enfrentamos agora do que em qualquer momento desde março — disse Sturgeon ao parlamento escocês. — Como resultado dessa nova variante, o vírus aprendeu a se disseminar muito mais rápido e definitivamente acelerou nas últimas semanas.

No Reino Unido, a Inglaterra, a Escócia, o País de Gales e a Irlanda do Norte vem implementando suas próprias medidas contra a Covid-19, embora tentem coordenar as ações.

O governo britânico passou o ano tentando equilibrar a necessidade de fechar o país para conter o vírus sem prejudicar a economia. A primeira quarentena nacional em maio provocou uma queda de 25% na produção econômica. O país conseguiu uma recuperação parcial, mas ela vem sendo comprometida com as novas restrições.

Catalunha aumenta restrições

Na Catalunha, o governo regional anunciou nesta segunda-feira que vai aumentar as restrições para combater o avanço da pandemia, proibindo os moradores de saírem de seus munícipios, menos por motivos considerados essenciais, fechando academias e shoppings.

Comércios de até 400 m² poderão abrir durante a semana. No entanto, durante o fim de semana, apenas os estabelecimentos considerados essenciais, como farmácias, poderão funcionar.

As novas restrições na Catalunha, que tem o segundo maior número de infecções e mortes na Espanha depois de Madri, começarão na quinta-feira e irão durar até 17 de janeiro.

— Temos que interromper a transmissão e a principal forma de fazer isso é reduzir toda a atividade social — disse o chefe de saúde catalão Alba Verges, acrescentando que a ajuda financeira será dada aos setores mais atingidos pelas novas restrições.

As novas medidas não afetarão bares e restaurantes, que ainda podem receber clientes durante o café da manhã e o almoço, além de poder entregar refeições em casa.

Outras regiões como a Andaluzia, Murcia e Extremadura anunciaram novas medidas nos últimos dias. Madrid continua a ter restrições mais leves do que a maioria do país, mas bloqueou alguns distritos com uma taxa de infecção mais alta.

A Espanha é um dos países mais atingidos pela pandemia, registrando mais de 50 mil mortes e cerca de 2 milhões de casos.

FONTE: O GLOBO

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Marcio Martins martins

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