RIO – O ator, escritor e comediante mexicano Roberto Gomez Bolaños, famoso por ter criado e protagonizado os sucessos “Chaves” e “Chapolin” morreu nesta sexta-feira. Segundo a rede Televisa, do México, ele estava em sua casa, em Cancun.
As séries criadas por Bolaños tornaram-se um verdadeiro fenômeno no Brasil, onde são reprisadas até hoje — “Chaves” estreou no México em 1971.
Ele enfrentava problemas de saúde desde 2012, quando foi internado por uma insuficiência respiratória. No dia 10 de novembro, a filha de Bolaños, Paulina Gomez, divulgou uma foto em que o ator usava uma sonda e comentou sobre a saúde debilitada do pai. A causa da morte não foi informada.
Edgar Vivar, que interpretava o Seu Barriga na série, lamentou a morte no Twitter:
O comediante recebeu o apelido de “Chespirito” de um diretor de cinema, que o batizou assim por sua abundante produção de roteiros e sua estatura baixa. O apelido vem do diminutivo da pronúncia em espanhol de Shakespeare.
“Chaves” e “Chapolin” foram os primeiros conteúdos que a emissora mexicana Televisa começou a exportar para o resto da América Latina no início da década de 1970 e que rendeu receitas milionárias.
Mais de quatro décadas depois de ter estreado — o primeiro episódio de “Chaves” em preto e branco ocorreu em 20 de junho de 1971 — os programas de Chespirito continuam em exibição em toda a América Latina, algo raro na televisão.
Apesar da idade, Chespirito manteve contato com seus fãs. Em maio de 2011, ele abriu uma conta no Twitter, onde mantinha 6,61 milhões de seguidores até o momento de sua morte.
Seu filho Roberto Gómez Fernández produziu uma série de desenhos animados com base no programa original com atores que é transmitida pelo canal a cabo Cartoon.
A Televisa interrompeu nesta sexta-feira a programação de seus principais canais abertos e fechados de televisão, assim como de suas rádios, para fazer uma transmissão especial sobre sua vida e seus personagens.
O presidente do México, Enrique Peña Nieto, lamentou pelo Twitter a morte de um “ícone cujo trabalho transcendeu gerações e fronteiras”.
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