Investimentos irão custear leitos e Samu em quatro municípios do Estado.
A unidade mais beneficiada será o Hospital de Base em Porto Velho
Em visita a Porto Velho nesta terça-feira (27), o ministro da saúde, Ricardo Barros, anunciou o repasse de R$ 10, 2 milhões ao Sistema Único de Saúde (SUS) de Rondônia. O recurso prioriza o custeio de leitos e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em quatro municípios, Porto Velho, Ariquemes, Cujubim e Machadinho D’Oeste.
A unidade mais beneficiada será o Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro (HB), que receberá anualmente R$ 6,9 milhões para 47 leitos de gestação de alto risco. Atualmente, o HB possui 570 leitos entre enfermarias e Unidades de Tratamento Intensivo (UTI).
Segundo o ministro, as verbas começam a ser repassadas no início do ano. “As portarias estão publicadas e o Estado receberá mensalmente estes recursos a partir de janeiro enquanto estiverem funcionando.” Rondônia recebe os recursos para sanar pedidos realizados há pelo menos dois anos atrás, como é o caso das dificuldades enfrentadas pelo Samu para atender a demanda.
“Rondônia é um dos estados que está recebendo o benefício anunciado porque o pedido de incrementação de equipamentos foi feito há dois anos. Esse programa de incrementação completou cinco anos e estamos apenas alterando a lógica do programa, diminuindo as expansões e estimulando novas implantações”, afirmou.
Com as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) apresentando problemas estruturais graves, como esgostos sem descarte correto, falta de medicamentos, mofo nas paredes e infiltração, diminuição de repasses federais para a estruturação, o ministro também ressaltou a importância da revisão orçamentária das unidades.
“Existe uma política do Ministério em flexibilizar o custo das UPAs, porque os municípios não estão suportando arcar com o custo dessas estruturas, e aí os prefeitos poderão escolher a dimensão do serviço que precisa ser oferecido nas unidades e pedir implementações”, relata Barros.
O vice-governador, Daniel Pereira (PSB), diz que a visita do ministro a Rondônia é importante pelos recursos que ele está trazendo e pelo fato dele estar vendo as estruturas que o Estado possui. “A partir do momento em que ele conhece a nossa realidade, podemos estreitar os laços”, diz o vice.
“Na verdade, nós precisamos tirar o João Paulo II da estrutura na qual ele se encontra. Os investimentos que tem que ser feitos naquele local estão sendo feitos a contento. O problema é que nós temos um hospital que tem capacidade para atender pouco mais de 100 pacientes e pela necessidade acaba atendendo muito mais do que isso. A qualidade do João Paulo é a melhor que temos no Estado, mas as condições de estadia não, pelo excessivo número de pacientes”, diz.
Adiantando sua chegada em Rondônia em 1h, o ministro também visitou o Hospital de Câncer da Amazônia, que está em construção. “O Hospital do Câncer da Amazônia é credenciado ao governo federal, que arcará com 50% dos custos dos serviços que lá forem estabelecidos. Evidente que o hospital pronto demandará mais recursos e o Ministério da Saúde está avaliando o plano operativo do hospital para se programar, pois é importante tratar esses pacientes mais perto de casa”, ressalta Barros.
Fonte: G1
Add Comment