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Ministério da Defesa instala centro de operações para coordenar combate ao fogo na Amazônia

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, companhado do Comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, durante declaração à imprensa

O Ministério da Defesa instalou, neste sábado (24), um Centro de Operações Conjuntas na sede da pasta em Brasília, para centralizar e administrar as ações de combate às queimadas que atingem a região Amazônica. O centro vai funcionar durante 24 horas com representantes de diversos órgãos, como Ibama e ICMbio, Forças Armadas, além de Presidência da República, Casa Civil e Ministério da Agricultura e Meio Ambiente. Veja a íntegra do pronunciamento dos ministros.

Quem vai coordenar os trabalhos é o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Tenente-Brigadeiro Raul Botelho. O militar afirmou que o efetivo na região norte chega a 44 mil homens, que podem ser acionados de acordo com a demanda.

“Esse emprego será basicamente em ações preventivas e repressivas contra ilícitos ambientais, levantamento e combate de focos de incêndio. Até o início da manhã de hoje formalizaram os pedidos de GLO os governadores de Rondônia e Roraima, e temos notícias ainda extra-oficiais de que o governador do Mato Grosso e do Acre estão enviando”, afirmou o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, em coletiva de imprensa.

Na noite desta sexta-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro autorizou que as Forças Armadas atuem, por meio da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), para ajudar no combate a incêndios. A GLO vai valer por um mês restrita ao território da Amazônia Legal.

O ministro da Defesa comentou, ao ser questionado pelos jornalistas, que a oferta de ajuda feita pelo presidente dos EUA ficou “no nível as intenções”. Fernando Azevedo disse que a conversa foi apenas entre os presidentes Trump e Bolsonaro.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, também participou da coletiva de imprensa. Ele destacou que a competência para combater os incêndios é dos governos estaduais e tentou repartir as responsabilidades com as administrações locais.

“Todos os entes federativos, não só a União, enfrentam já há algum tempo sérias restrições orçamentárias, portanto as atividades correlatas precisam ser feitas de maneira eficiente para que os recursos empregados tenham resposta na proporção daquilo que é empregado. Nós temos pedido aos estados desde o começo do ano para que nos apoiem nas ações de fiscalização e controle do Ibama e do ICMbio porque são as forças policiais militares estaduais que dão efetividade e viabilidade para que as fiscalizações possam ocorrer naquele vasto território da Amazônia em diversos estados”, argumentou Salles.

O ministério tem sido criticado por cortar, em maio, metade dos recursos destinados ao Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo). O ministro do Meio Ambiente também negou que as queimadas de 2019 estejam maiores do que o histórico. Ele disse quando são analisados gráficos dos quinze anos anteriores, os incêndios não destoam o que já foi registrado, mas se a análise fica restrita a 2017 e 2018, então percebe-se sim a elevação, porque os dos últimos anos foram mais chuvosos.

Nesta sexta-feira, a Nasa, agência espacial norte-americana, corroborou os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), afirmando que as queimadas de 2019 são as maiores desde 2010.

 

FONTE: CONGRESSO EM FOCO

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