Mesmo depois da nova multa aplicada no último sábado à empresa EcoPVH por falhas graves na coleta de lixo domiciliar, o cenário nas ruas de Porto Velho permaneceu o mesmo durante o fim de semana: lixeiras transbordando, sacos espalhados por calçadas e moradores sem resposta.
A Prefeitura já havia informado a possibilidade de romper o contrato com a empresa, alegando descumprimento reiterado das obrigações e danos ao interesse público.
Moradores continuam encaminhando fotos às redações mostrando o acúmulo de lixo em diversos bairros da capital, mesmo em pontos onde a coleta deveria ocorrer regularmente às sextas-feiras.
As imagens mostram ruas tomadas por sacos de lixo, restos orgânicos expostos ao sol, presença de urubus e forte mau cheiro.
Em uma das imagens recebidas, em uma rua do bairro São Francisco, o lixo se espalha por toda a calçada, bloqueando a passagem de pedestres. Em outro registro, na região do bairro Jamary, uma lixeira comunitária aparece completamente cheia, com sacos empilhados ao redor e resíduos se acumulando desde a sexta-feira.
O volume de denúncias aumentou após a Prefeitura anunciar, ainda no sábado, a aplicação de multa no valor de R$ 753 mil à EcoPVH, empresa contratada emergencialmente no final de outubro para realizar a coleta em Porto Velho. Segundo o município, a penalidade foi motivada por falhas graves e reiteradas, com descumprimento de rotas e ausência de atendimento em dezenas de bairros.
A Prefeitura iniciou o processo de rescisão unilateral do contrato com a empresa, com base em parecer técnico que apontou “inexecução sistemática” do serviço e prejuízo direto à população. Enquanto o processo segue os trâmites legais, a empresa permanece atuando e moradores continuam sem coleta em diversos pontos da cidade.
Para quem vive nos bairros mais afetados, a situação já virou rotina. “É como se não houvesse mais coleta na cidade”, disse uma moradora da região sul. “A gente tira o lixo e ele fica ali, apodrecendo.” Em tempos de chuva e calor, a exposição dos resíduos nas ruas representa risco à saúde e intensifica o desconforto para milhares de famílias.
FONTE: PORTAL DE RONDÔNIA


























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