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Membro da delegação argentina omitiu informações sobre jogadores, aponta relatório

Documento informa também uma sequência de reuniões que ocorreram ainda no sábado (4), um dia antes da partida, para evitar transtornos maiores

Um relatório produzido por autoridades sanitárias de São Paulo, com informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), revela que um representante da Associação de Futebol Argentino (AFA) chamado Fernando Ariel foi quem preencheu os dados falsos sobre o histórico de viagem dos jogadores argentinos barrados no jogo com o Brasil deste domingo (5).

A situação desencadeou na retirada dos jogadores de campo. Na sequência, eles foram obrigados a deixar o Brasil.

O relatório informa uma sequência de reuniões que ocorreram ainda no sábado (4), um dia antes da partida, para evitar transtornos maiores.

Após tomar conhecimento pela Anvisa, as autoridades de vigilância sanitária paulista se reuniram com representantes da CBF e da Conmebol, no sábado, às 10h, e informaram que os jogadores não poderiam deixar o hotel onde estavam hospedados porque estariam em situação irregular no Brasil.

O objetivo era evitar que eles participassem até mesmo dos treinos, o que foi ignorado pela delegação argentina.

“O chefe de equipe da seleção argentina, assim como membros da Conmebol e CBF foram notificados sobre a ocorrência, tendo recebido a orientação de que os 4 jogadores em questão deveriam permanecer nos seus referidos quartos, não podendo participar do treino na Arena Neoquimica previsto para as 18h30, cumprindo o período de quarentena recomendado até que outra orientação fosse repassada pela autoridade sanitária. Ademais, os atletas apresentam RT-PCR realizado anteriormente o embarque para o Brasil, assim como RT-PCR realizado no dia 03 de setembro com resultado não detectável em ambos os testes”, diz o documento elaborado pela Coordenadoria de Controle de Doenças e Centro de Vigilância, órgãos da Secretaria de Saúde de São Paulo.

Apuração sobre origem dos argentinos

De acordo com o relatório, tudo começou com a chegada de um rumor à Coordenação de Vigilância Epidemiológica de Portos, Aeroportos e Fronteiras — órgão ligado à Anvisa — de que os quatro atletas teriam passado pela Inglaterra e não fizeram quarentena no Brasil.

O país tem adotado cuidados maiores com viajantes que tenham passado os últimos 14 dias em lugares onde há circulação intensa da variante Delta.

O histórico de viagens dos atletas, no entanto, informa apenas que eles chegaram a São Paulo em um voo da Venezuela.

“Na oportunidade encaminhamos, em formato de planilha e em PDF, as quatro Declarações de Saúde dos Viajantes – DSV para que seja realizada a investigação epidemiológica, considerando o rumor de que os atletas argentinos podem ter tido passagem por área restrita nos últimos 14 dias, considerando que os jogadores argentinos são oriundos de clubes no Reino Unido”, informa o relatório de investigação epidemiológica.

Reunião

Ainda no sábado, às 17h, o órgão epidemiológico de São Paulo solicitou reunião com o Ministério da Saúde e a Anvisa, em que teriam participado na condição de ouvintes representantes da Conmebol, CBF e da delegação da Argentina.

“Na referida reunião foi reforçada a recomendação de que os jogadores não poderiam comparecer ao treino previsto para hoje, até que fosse solicitado formalmente o pedido de excepcionalidade de circulação no país, e que o mesmo pudesse ser analisado pelo Ministério da Saúde e houvesse um posicionamento final da Casa Civil. Destaca-se que representantes da Anvisa salientaram que o descumprimento da normativa sanitária pela seleção argentina e reincidente, e que o auto de infração seria conduzido pela Anvisa de aeroporto e a Polícia Federal seria comunicada, cabendo a autoridade sanitária local o auto de infração para cumprimento do período de quarentena no hotel até que fosse expedido o parecer final sobre a concessão da excepcionalidade de circulação”, explica o relatório.

CNN questionou Nicolás Novello, gerente de comunicação da AFA, sobre o envolvimento de Fernando Ariel Batista na falsificação dos documentos dos jogadores. Segundo ele, é impossível que Batista tenha participado do ocorrido.

“Ele [Fernando Batista] é o treinador do sub-23 e sequer viajou com a gente”, disse. “Nós não temos nada o que comentar. A comissão disciplinária da Fifa é quem vai decidir”, completou.

FONTE: CNN BRASIL

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Marcio Martins martins

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