Mesmo ocupando o Palácio Rio Madeira e pilotando uma poderosa máquina política e administrativa, o governador de Rondônia, Marcos Rocha (UB), não consegue decolar na disputa pelo Senado.
Dono de uma das estruturas mais robustas do estado, Rocha enfrenta um cenário eleitoral cada vez mais adverso. Segundo pesquisa recente, do Instituto IHPEC, e publicada pela Folha do Sul On Line, no primeiro voto, Silvia Cristina lidera com 24,6 %, seguida de Marcos Rocha com 21,2 % e Fernando Máximo com 19,4 %. Em seguida aparecem Confúcio Moura (12,4 %), Delegado Camargo (7,4 %) e Bruno Scheid (3,8 %), enquanto 11,2 % não responderam.
Os números revelam uma estagnação preocupante para quem controla o governo e dispõe de ampla logística política. A principal razão parece residir em dois fatores: os problemas crônicos da saúde pública e a fragmentação da base política da direita.
Embora o estado tenha registrado avanços pontuais, como a redução da mortalidade materna, denúncias de atraso em repasses hospitalares — que somam mais de R$ 6 milhões —, falta de leitos e rotatividade de médicos acima de 33 % abalam a credibilidade da gestão.
Hospitais regionais relatam colapso em atendimentos básicos, e a promessa de entrega do novo Hospital de Urgência e Emergência (HEURO) tornou-se um símbolo do atraso administrativo. O Caos na Saúde foi o calcanhar de hIldon Chaves e Mariana Carvalho, e com certeza também será o calcanhar de Aquiles de Marcos Rocha, e isso vai lhe custar a vaga no a senado da Republica.
Esses problemas corroem a imagem de eficiência que Rocha tenta sustentar desde sua reeleição. Paralelamente, as indefinições políticas e o isolamento dentro da direita rondoniense ampliam as dificuldades.
O governador foi abandonado por parte expressiva da direita local, incluindo lideranças ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que sinalizam apoio ao empresário Bruno Scheid e ao deputado federal Fernando Máximo como representantes do campo conservador ao Senado.
Esse afastamento se reflete na perda de militância nas redes e no enfraquecimento de sua presença nos municípios do interior — regiões tradicionalmente decisivas em eleições majoritárias.
Além disso, o União Brasil, partido no qual Marcos Rocha está instalado, por enquanto no estado, vive tensões internas com disputas por espaço e alianças, especialmente em torno das vagas proporcionais.
Segundo alta fonte. O presidente Nacional do União Brasil, Antonio Rueda, não quer nem ouvir falar de Marcos Rocha. e Mauricio Carvalho já sabe disso. Por isso que não teve sua turma nomeada por Marcos Rocha e nem terá.
Deputados federais e estaduais da sigla demonstram resistência em vincular seus projetos ao governador, temendo que a impopularidade da gestão contamine seus próprios resultados eleitorais.
Diante desse quadro, Marcos Rocha vê sua candidatura patinar, incapaz de converter o poder da máquina pública em capital político. A soma de crises na saúde, promessas não cumpridas, desgaste administrativo e abandono pela base bolsonarista constrói um ambiente de difícil reversão.
Hoje, o governador aparece em segundo lugar nas pesquisas, mas sem impulso visível de crescimento. Se o cenário persistir, a corrida ao Senado em Rondônia tende a se consolidar como um dos maiores desafios de sua carreira política — e um teste decisivo para sua sobrevivência no cenário estadual. E esse números tendem a piorar quando ele deixar a maquina estatal nas mão de Sergio Gonçalves , vice governador.
FONTE: FOLHA RONDONIENSE
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