Técnico Vagner Mancini mudou rumo da equipe no Brasileirão após ajustar setor defensivo e acertar ataque alvinegro
Se alguém ainda tinha alguma dúvida sobre a evolução do Corinthians, ela foi sanada com a goleada por 5 a 0, sobre o Fluminense, na última quarta-feira. A empolgação da torcida com a boa fase do time tem um personagem central responsável: Vagner Mancini, que foi contratado com atraso pelo clube, mas chegou a tempo de salvar a temporada corintiana.
O “Mancinismo” como já está sendo chamado o período de trabalho do treinador pelo Alvinegro, tem trazido muito mais do que resultados, ele tem feito a torcida satisfeita com o que está sendo apresentado dentro de campo. Talvez esse atropelamento em cima do Flu tenha sido o maior exemplo e o auge da mudança de patamar da equipe no Brasileirão e na temporada.
“A gente vem a cada jogo ganhando corpo e confiança. É uma luta diária, uma briga, só nós sabemos o quanto é difícil chegar e ter de arrumar uma equipe que vinha mal na última temporada, mas que felizmente entendeu que dava para reescrever esse livro da temporada”, disse Mancini, em coletiva na última quarta-feira.
Quem diria que esse mesmo elenco seria capaz de golear algum adversário, principalmente em um campeonato em que chegou a entrar na zona de rebaixamento uma rodada antes da chegada de Mancini? Pois é, goleou, e goleou com muita tranquilidade, podendo fazer mais do que os cinco gols, e sem ser ameaçado pelos cariocas, que foram engolidos desde o apito inicial.
Desde essa chegada do treinador, foram 13 jogos no Brasileirão, com oito vitórias, três empates e duas vitórias, aproveitamento de 69,2% dos pontos que disputou, algo digno das primeiras posições da tabela, o que faz todos pensarem: por que ele não foi contratado antes? Sim, verdade, essa demora para mudar de técnico, e a manutenção do interino Dyego Coelho podem ter sido cruciais para que o Corinthians não alce voos maiores no campeonato.
Mas a vinda de Mancini, apesar de tardia, ainda foi a tempo de conseguir salvar a temporada 2020, que se estende a 2021. A vaga na Libertadores, que até outrora parecia um sonho distante, começa a virar uma forte realidade, não só pela grande possibilidade de o G6 virar G8, por conta das definições da própria Libertadores-2020 e da Copa do Brasil-2020, mas também pelo que o time vem jogando e mostrando, algo mais consistente que os principais rivais nessa luta.
E, convenhamos, se a vaga não for conquistada, haverá uma decepção por conta da arrancada da equipe, mas o que ficará, com certeza, será um legado pensando na temporada 2021, que caminhava para ser ainda mais melancólica do que se desenhava a de 2020. Além dos resultados, a equipe hoje apresenta um estilo de jogo, que antes era indefinido, depois passou a ser forte defensivamente, e agora passa a caminhar para ter um ataque letal.
Esse equilíbrio e o passo a passo dessa evolução foram avisados desde a primeira entrevista coletiva de Mancini, que sempre foi pés no chão em relação aos objetivos do clube no Brasileiro, mas jamais deixou a esperança e a convicção de o Corinthians melhoraria, tanto nos fatores coletivos, quanto nos fatores individuais, que estão fazendo a diferença. Contra o Palmeiras, fora de casa, será a chance de o “Mancinismo” se tornar uma idolatria definitiva.
FONTE: LANCE
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