Nas delegacias de Porto Velho, de janeiro a julho deste ano foram registrados 136 casos de pessoas desaparecidas, de acordo com dados levantado pelo delegado titular da 8° DP, Cícero Cavalcante (foto). Com relação a crianças e adolescentes foram 43 ocorrências registradas na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
O delegado explica que 70% das ocorrências envolvendo vítimas de sumiço geralmente acontecem de forma involuntária, ou seja, a pessoa sai para algum lugar sem avisar e retorna para casa dias depois. “Esses tipos de casos acontecem bastante com adolescentes que vão para casa de amigos ou festas, não avisam os pais e aparecem dias depois. Existem situações em que a pessoa desaparece por causa de briga em família, mas depois retorna para o lar”, explicou.
Antes de registrar a ocorrência é importante que o comunicante procure os hospitais e o Instituto Médico Legal (IML). Verificar as redes sociais da pessoa também é recomendado para saber se tem algum tipo de localização. “Após ela fazer essa checagem e se ainda assim a pessoa não foi encontrada, o familiar precisa ir até a delegacia para registrar a ocorrência. Durante o registro, o comissário faz uma pesquisa no sistema da Polícia para saber se a pessoa não está presa por algum crime. Com tudo isso verificado, a gente passa para o setor de investigação apurar o fato”, relata Cícero Cavalcante.
Nos casos envolvendo crianças desaparecidas, a Polícia orienta que os responsáveis procurem uma delegacia no mesmo dia e registrar a ocorrência. “Quando um adulto desaparece, geralmente os familiares esperam completar o prazo de 48 horas para poder registrar a ocorrência, mas quando se trata de uma criança ou adolescente é diferente. O responsável precisa comunicar a DPCA no mesmo dia para que os policiais iniciem as investigações de imediato para localizar a vítima”, orientou o delegado.
Cícero Cavalcante destaca que para realizar o registro de desaparecimento é preciso ter o maior número de informações possíveis e não omitir dados. “Já ocorreu casos que o comunicante omitiu informações que havia ocorrido uma briga anterior ao desaparecimento e isso dificulta nosso trabalho. Relatar tudo sobre a pessoa é muito importante para que a gente consiga ter êxito na investigação e encontre a vítima”, destacou o delegado.
Fotos da pessoa, número de telefone celular para contato e as redes sociais também auxiliam os investigadores na procura pelo desaparecido. “Tudo isso ajuda muito na procura pela desaparecido. Houve um caso recente de uma adolescente que havia desaparecido e depois que foi divulgada na mídia a ela retornou para casa dizendo que estava na residência de uma amiga. Então, todo tipo de divulgação é válido”, pontuou Cícero Cavalcante.
Se a pessoa desaparecida for encontrada a família precisa comunicar a Polícia para que seja acrescentado na ocorrência. “É importante que a família nos comunique porque às vezes fica arquivado e a Polícia investiga sem saber que a pessoa apareceu, e as outras ocorrências que realmente a vítima não apareceu, acaba ficando na espera”, finalizou Cícero Cavalcante.
Ocorrências registradas nas delegacias de Porto Velho em 2019
1° DP: 17
2° DP: 24
3° DP: 5
4° DP: 26
5° DP: 22
6° DP: 17
7° DP: 12
8° DP: 13
FONTE: RONDONIAGORA.COM
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