Origi e Wijnaldum, duas vezes cada, se vestem de heróis improváveis numa grande noite também de Alisson para conquistarem vaga na decisão de Madri
O Liverpool não tinha Salah, Firmino e precisava correr atrás de um prejuízo de três gols. Mas era noite de Liga dos Campeões em Anfield, amigo. Quem duvidou mais uma vez pagou o preço e viu a segunda maior virada da história da competição. Origi e Wijnaldum se vestiram de heróis improváveis, marcaram duas vezes cada na vitória incrível por 4 a 0 e ajudaram a colocar os Reds na decisão no estádio do Atlético de Madrid no próximo dia 1º de junho. O adversário sai do confronto entre Ajax e Tottenham nesta quarta-feira – os holandeses venceram a ida por 1 a 0 e agora jogam em casa.
ALISSON, O GIGANTE
Logicamente não foram apenas os dois. Foi aquela noite em que muito deu certo ao Liverpool, e pouco ao Barcelona, que até criou chances para fazer o “gol fora” no primeiro tempo, mas parou em Alisson. O goleiro brasileiro viveu uma das grandes noites de sua carreira com cinco defesas importantes, a mais difícil delas numa saída arrojada para abafar o chute de Jordi Alba.
O JOGO – E QUE JOGO!
Foi um primeiro tempo monumental, com o carimbo da Champions. O Liverpool abriu o placar cedo, com Origi completando na pequena área o erro de Alba. O Barça, ainda leve, reagiu ao criar chances com um Messi bastante ativo, mas sem a pontaria afiada de outrora. Alisson apareceu, impediu o “gol fora” que àquela altura poderia matar o confronto e, na etapa final, viu o Liverpool crescer. Wijnaldum saiu do banco e marcou dois gols relâmpagos, aos nove e 11 (numa bonita cabeçada), e Origi, depois de um escanteio surpreendente de Alexander-Arnold, fechou a conta aos 34. Não houve reação do outro lado. Vaga merecidíssima.
O TIME DA VIRADA
Em 2005, o Liverpool conseguiu a maior virada numa final em Istambul para tirar o título do Milan nos pênaltis. Em 2019, mesmo diante de todas as adversidades, conseguiu em 90 minutos o pequeno milagre diante do Barcelona. É a segunda maior virada num confronto de mata-mata em toda a Liga dos Campeões, igualado a Roma 3 x 0 Barcelona de 2017/18 e Deportivo La Coruña 4 x 0 Milan de 2003/04. O primeiro ainda é aquele Barcelona 6 x 1 PSG de 2016/17.
UM ESCANTEIO PARA A ETERNIDADE
29 minutos do segundo tempo. Alexander-Arnold já havia desistido de cobrar o escanteio quando viu Origi sozinho na área. Ele rapidamente mudou de ideia e bateu por baixo. O belga, que estava desatento, conseguiu finalizar e marcar o quarto gol do Liverpool, para a surpresa de todos. Nada menos do que o gol da classificação! “Foi instintivo”, disse o lateral-direito, autor de 14 assistências na temporada. Só vendo para crer.
COMO FOI MESSI?
Bem, à essa altura você já sabe que ele não decidiu, tampouco disputará a final, mas não é justo dizer que o craque argentino sumiu. Depois de fazer dois gols na ida, falhou na pontaria na volta – e cometeu seu grande erro da noite ao exitar a finalização cara a cara com Alisson e acabar desarmado por Matip. Mas também criou três oportunidades para seus companheiros, a principal delas não aproveitada por Alba, que teve uma noite para esquecer com a falha no primeiro gol. Na etapa final, Messi fez menos, e o Barcelona se despediu da Champions incrédulo na virada que testemunhou. Veja aqui zoações ao camisa 10 e outras.
FONTE: GLOBOESPORTE.COM
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