Jornalista negro foi preso ao vivo e policiais atiraram em equipe de reportagens. Organizações documentaram duas dúzias de ataques em 3 dias
Na noite de sexta-feira (1º), telespectadores viram o repórter da CNN Omar Jimenez e sua equipe serem presos ao vivo enquanto cobriam um protesto após a morte de George Floyd em Mineápolis.
Já no sábado, quando manifestantes e a polícia entraram em confronto em várias cidades dos Estados Unidos, Kaitlin Rust, da rede WAVE News de Louisville, no Kentucky, gritou no ar: “Estão atirando em mim! Estão atirando em mim!”, e câmeras mostraram a repórter e sua equipe sendo alvejados por policiais locais com balas de pimenta à queima-roupa.
Ao longo de um período de três dias, organizações que monitoram a violência contra a imprensa documentaram cerca de duas dúzias de atos de agressão, incluindo um incidente na noite de sábado em Mineápolis durante o qual o jornalista da Reuters Julio-Cesar Chavez e o assessor de segurança da Reuters Rodney Seward foram atingidos e feridos por balas de borracha.
De Los Angeles a Mineápolis e Nova York, o que eram ataques isolados à imprensa em comícios políticos e protestos nos últimos anos se intensificaram no momento em que a confiança na mídia está próxima de seu menor índice em uma década, disseram especialistas em mídia.
“É uma situação extremamente assustadora, e é uma situação que os jornalistas não vivem desde 1968 neste país”, disse Bruce Brown, diretor-executivo do Comitê de Repórteres pela Liberdade de Imprensa, referindo-se ao assédio a jornalistas na Convenção Nacional Democrata em Chicago.
Os ataques, que coincidem com a retórica do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra a mídia, vitimam organizações de mídia de todo o espectro político.
Leland Vittert, correspondente da Fox News com experiência em zonas de guerra, e sua equipe foram atacados por manifestantes perto da Casa Branca na sexta-feira depois de serem identificados como empregados do canal.
FONTE: REUTERS
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