Doping é a única mancha no currículo do campeão meio-pesado do UFC
Não faz muito tempo que membros de fóruns de discussão se digladiavam em discussões sobre o maior lutador da história do MMA. Apoiadores de Fedor Emelianenko, Anderson Silva e Georges Saint-Pierre usavam números, analisavam cartel e exaltavam a qualidade técnica de seus atletas preferidos, na tentativa construir a argumentação definitiva para encerrar a questão. Bem, Jon Jones encerrou a questão.
Antes de mais nada, a quantidade de flagras de Jones em testes antidoping é irrelevante. MMA é um esporte que sempre fez pouco caso do uso de esteroides, até que em 2015 o UFC iniciou parceria com Usada. A ingestão de substâncias proibidas é comum em todos os esportes, escândalos são revelados anos depois de competições, como aconteceu com o caso Balco, portanto atletas se doparem é mais comum do que se imagina.
Eficientes ou não, testes foram feitos em Jones durante toda a carreira dele e só uma vez foi comprovado que ele lutou dopado – no segundo duelo contra Daniel Cormier, vitória que foi anulada. Até onde se sabe, com base nos registros oficiais, o norte-americano estava limpo nos demais confrontos que fez.
Isso posto, Jon Jones é o maior lutador de todos os tempos. E também é o melhor. Nenhum competidor desse esporte chegou tão próximo da perfeição quanto Bones, que é realmente bom em todas as áreas do MMA. Dentro do octógono – ênfase no “dentro” -, é raro lembrar de erros cometidos pelo norte-americano, como quando ele tentou sair da chave de braço de Vitor Belfort na marra e deu sorte por não sofrer uma fratura.
Jones venceu adversários mais difíceis do que os enfrentados por Anderson Silva, já é possível notar que a longevidade dele é maior do que a de Fedor e terminou mais lutas do que GSP. Em qualquer critério escolhido para definir o maior de todos os tempos, Bones se encaixa – apesar de o norte-americano não ter conquistado cinturões em duas categorias diferentes, ele já derrotou Cormier, o atual campeão peso pesado do UFC.
O simples fato de Jones ter limpado a divisão meio-pesado, por anos considerada a mais competitiva do MMA, já poderia ser suficiente para decretar que o norte-americano é o maior. Mas a forma com que ele fez isso é impressionante. Bones aplicou surras, nocauteou, finalizou, dominou adversários de elite e até sofreu em determinados combates, mas conseguiu viradas improváveis.
Bones se aproveita da envergadura de 2m15 para controlar a distância como ninguém jamais conseguiu, leva ao solo quem ele bem entende, mostra bom grappling e tem o melhor Ground and Pound já visto, graças às suas cotoveladas. As aplicações de estratégias contra Cormier, que cansou de tanto levar golpes no corpo, e Gustafsson, estabilizado e dominado no chão, foram perfeitas e aulas para aspirantes a lutadores de MMA.
FONTE: R7.COM
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