O Itaú Cultural acaba de abrir Artistas do vestir: uma costura dos afetos, mostra que encerra o seu calendário de grandes exposições neste ano e segue em cartaz até 23 de fevereiro de 2025. Com concepção e realização do IC e curadoria de Carol Barreto e Hanayrá Negreiros, ela se estende pelos três andares do espaço expositivo do Itaú Cultural e aborda as formas de pensar e fazer a moda brasileira a partir da pluralidade. São cerca de 80 obras de 70 artistas, vindos de vários estados do país.
Um dos andares tem foco em obras e artistas que trabalham com temáticas e grupos ancestrais, em um amplo leque como as Bordadeiras do Curtume do Vale do Jequitinhonha, Angela Brito, Ekedy Sinha, do Terreiro da Casa Branca, a primeira casa de candomblé do Brasil, situada em Salvador na Bahia, Fernanda Yamamoto e Lino Villaventura.
Em outro, os trabalhos expostos abordam temas atuais, discussões diretamente ligadas a questões políticas, de gênero, raciais e performáticas, em uma mescla de nomes da moda brasileira, como Alexandre Herchcovitch, Dudu Bertholini, Fause Haten, Jal Vieira, João Pimenta, Lab Fantasma, Maxwell Alexandre, Sioduhi e Vicenta Perrota.
Por fim, um dos andares remete aos fazeres, desenhos e costuras contínuos de um ateliê de moda; será, também, um espaço para acolher oficinas e outras atividades para o público.
Quem está fora de São Paulo pode conferir a mostra de filmes Uma costura dos afetos, que conversa com a exposição e acaba de estrear na Itaú Cultural Play, plataforma de streaming gratuita de cinema brasileiro, disponível em todo o país.
A seleção, feita pelas próprias curadoras, Carol Barreto e Hanayrá Negreiros, conta com seis filmes, como os documentários A costura do invisível (2005), que leva às telas os bastidores do desfile de mesmo nome apresentado no São Paulo Fashion Week de 2004 pelo premiado estilista Jum Nakao, e Estou me guardando para quando o carnaval chegar (2019), de Marcelo Gomes, que aborda a expectativa pelo período do Carnaval, único momento de pausa dos trabalhadores da indústria têxtil da cidade de Toritama, no semiárido pernambucano, considerada “a capital do jeans”. O filme foi premiado no 24º É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, em 2019.
FONTE; ASSESSORIA ITAU CULTURA


























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