De acordo com a polícia, algumas gráficas fizeram uma quantidade de impressões muito menor da declarada no TSE e outras nem chegaram a prestar serviço para estas candidaturas sob suspeita.
Uma investigação da Polícia Federal aponta a emissão de notas fiscais de serviços gráficos não realizados por supostas candidaturas laranjas do PSL em Minas Gerais. Essas candidaturas, segundo a PF, estão ligadas ao ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.
No dia 29 de abril deste ano, a PF fez uma operação e cumpriu mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e em mais quatro cidades. Na capital, um dos locais alvo de mandado foi a sede estadual do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro.
Desde fevereiro, a Justiça apura supostas irregularidades no repasse de recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha pelo PSL a quatro candidatas nas eleições de 2018. Elas tiveram votações pouco expressivas, embora tenham recebido dinheiro da sigla, o que levantou a suspeita de uso de candidaturas-laranja. À época, o diretório estadual do PSL em Minas era presidido por Marcelo Álvaro Antônio.
De acordo com a reportagem da Folha de S. Paulo do último sábado (4), quatro mulheres investigadas sob a suspeita de terem simulado concorrer a cargos de deputadas declararam ao Tribunal Superior Eleitoral ter produzido material nestas gráficas, que teriam emitido notas fiscais.
Segundo a Polícia Federal, algumas gráficas comprovaram a prestação de serviço, mas em quantidade muito menor à declarada pelas candidatas. Mas há casos de gráficas que não prestaram qualquer serviço às candidaturas.
O resultado da operação, de acordo com a polícia, reforça a suspeita de que as gráficas não produziram tudo o que foi declarado ou fizeram o material para outras pessoas.
À Folha, o ministro negou as irregularidades e disse que os materiais não foram encontrados nas gráficas porque foram utilizados nas campanhas.
A Polícia Federal afirmou que vai periciar todo o material recolhido na operação, incluindo computadores e documentos.
FONTE: G1.COM
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