Interessante

Por novo Bolsa Família, governo prepara PEC para reduzir impacto de precatórios

Ideia é que medida estenda prazo de pagamento e priorize as verbas de caráter alimentar, como decorrentes de ações relacionadas a aposentadorias e indenizações

O governo federal prepara uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para tentar reduzir o impacto nas contas públicas para o próximo ano de um débito com precatórios de cerca de R$ 89 bilhões.

A ideia da medida, discutida entre o Palácio do Planalto e o Ministério da Economia, é estender o prazo de pagamento, diminuindo o percentual estimado para o ano que vem, e priorizar as verbas de caráter alimentar, como decorrentes de ações judiciais relacionadas a aposentadorias e indenizações.

Antes de enviar a proposta ao Congresso Nacional, o governo federal ainda irá tentar uma arbitragem com o STF (Supremo Tribunal Federal). Na semana passada, o ministro Luiz Fux discutiu o tema com o ministro da Economia, Paulo Guedes. “A partir de agosto, os moldes dessa negociação serão definidos e informados à sociedade”, ressaltou nota divulgada pela Suprema Corte.

O pagamento de precatórios ameaça inviabilizar a reformulação do Bolsa Família. A ideia inicial da equipe econômica era elevar o valor médio do benefício social de R$ 190 para R$ 250. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no entanto, pediu à equipe econômica um valor médio mínimo de R$ 300.

Para viabilizar o benefício dentro das regras fiscais, o governo federal apostava na utilização de uma folga no teto de gastos estimada em R$ 30 bilhões, impulsionada pelo aumento da inflação.
Na semana passada, contudo, o Poder Judiciário informou à equipe econômica, durante a elaboração da Lei Orçamentária de 2022, sobre a necessidade de pagamento de precatórios em um montante de R$ 89 bilhões, acima das expectativas do Palácio do Planalto.

O valor dessas dívidas devidas após sentenças judiciais é estimado em R$ 54 bilhões para este ano. Por isso que o governo federal prepara uma medida para amortecer o impacto.

Mesmo diante do impasse, o Ministério da Cidadania trabalha com a estimativa de editar a medida provisória que reformula o Bolsa Família na segunda semana de agosto.

Nas contas de técnicos do governo federal, o prazo é o limite para conseguir cruzar dados e operacionalizar os pagamentos do novo programa no mês seguinte ao fim do auxílio emergencial, em novembro.

Como o público do Bolsa Família migrou para o pagamento emergencial da pandemia, iniciado em abril com a última parcela em outubro, parte do orçamento previsto para o programa assistencialista foi poupado. O valor vai permitir pagar as duas parcelas do novo programa social turbinado.

O desenho estudado pelo governo federal até o momento mira a reestruturação do benefício a partir de uma concepção mais emancipadores do que assistencialista.

Entre portas de saída que seriam oferecidas, estão uma linha de microcrédito a quem buscar capacitação profissional, além de um auxílio inclusão no mercado de trabalho e a incorporação ao programa de aquisição de alimentos, que incentiva a agricultura familiar.

FONTE: CNN BRASIL

Comentar

Print Friendly, PDF & Email

About the author

Marcio Martins martins

Add Comment

Click here to post a comment

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

COMPARTILHE

BAIXE NOSSO APLICATIVO

RESENHA POLITICA

TEIA DIGITAL

TEMPO REAL

PUBLICIDADE

Instagram

Instagram has returned empty data. Please authorize your Instagram account in the plugin settings .
WP2Social Auto Publish Powered By : XYZScripts.com