O Brasil concentra a maior produção de cana-de-açúcar do mundo, alcançando anualmente mais de 746 milhões de toneladas, estimadas em cerca de R$ 52 bilhões, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para manter o volume e a importância econômica dessas plantações – gerando empregos, produtos de alta qualidade e sustentabilidade agrícola – o uso de tecnologias tem se tornado cada vez mais essencial. Nesse sentido, a inteligência artificial tem despontado como uma importante aliada do produtor.
O mercado brasileiro está recebendo, a partir deste mês, a tecnologia mais moderna do mundo para o manejo fitossanitário aéreo de canaviais. Três aeronaves foram equipadas com um dispositivo que captura imagens de altíssima precisão, a uma resolução de 0,3 mm/pixel, podendo percorrer até 5 mil hectares por dia, em velocidade de 200 km/h. Essas imagens são potentes ao ponto de, em apenas um sobrevoo, identificar problemas do topo das plantas até o nível do solo.
Esse projeto, batizado de FlyUP, está posto em prática de forma exclusiva pela UPL, uma das cinco maiores empresas de soluções agrícolas do mundo, que tem se focado cada vez mais em inovações digitais para a chamada Agricultura 4.0. A ação é um dos pilares do investimento de US$ 200 milhões que a empresa de origem indiana fará no Brasil pelos próximos anos, visando contribuir para o desenvolvimento constante e as altas produtividades no agronegócio nacional.
A partir do sobrevoo equipado com o dispositivo de inteligência artificial, os produtores receberão informações e insights sobre a cultura de forma imediata, identificando os primeiros sinais do surgimento de plantas daninhas, doenças fúngicas e até deficiências nutricionais, tendo em vista que esses são problemas constante em canaviais de todo o país, garantindo o sucesso da terceira cultura mais importante do país, em conjunto com os setores sucroenergético e sucroalcooleiro.
O impacto das pragas e doenças nos canaviais é bastante elevado, tendo em vista o grande investimento feito pelos agricultores no combate a esses problemas. Apenas no primeiro semestre deste ano, 41 milhões de hectares de cana foram tratados com defensivos agrícolas. Com isso, cerca de US$ 785 milhões foram aplicados nessas soluções, evitando quebras na produção – algo que eventualmente pode elevar o preço de derivados ao consumidor. Os dados são do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg).
O projeto FlyUP é a evolução de projetos de mapeamento de cultivos. Com análises dinâmicas, ágeis e precisas (validadas sempre por um pesquisador científico), o detalhamento dos problemas fitossanitários e o gerenciamento das informações em tempo real permitem tomadas de decisão mais rápidas e assertivas, visando a racionalização e a solução dos problemas a partir do uso de defensivos agrícolas com sustentabilidade econômica e ambiental.
Com base no voo e no cruzamento de informações especializadas, a inteligência artificial oferece altíssima precisão e emite relatórios sobre as condições do campo, indicando o tipo de ameaça, bem como a espécie e a infestação, além de elementos que auxiliam na escolha do tratamento mais adequado. Essa tecnologia exclusiva faz parte da essência da UPL através do conceito OpenAg – uma empresa aberta à agricultura inovadora. Sem limites, sem fronteiras.
Artigo por Luciano Almeida*
*Engenheiro agrônomo, especialista em gestão empresarial e supervisor de marketing para cana e pastagem da UPL Brasil.
FONTE: ASSESSORIA TEXTO COMUNICAÇÃO
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