Técnico disse que colocará ‘pouco a pouco’, seu estilo no Rubro-Negro. Comparado com Jesus, sua diferença é o posicionamento para atacar
Quando há troca no comando técnico, os jogadores que não vêm sendo titulares tendem a injetar uma motivação extra para mostrar serviço ao novo treinador. E no Flamengo, agora com Domènec Torrent, a maior expectativa fica por conta das peças ofensivas, uma vez que o catalão possui preferências táticas distintas em relação a Jorge Jesus e, em sua apresentação, já realçou que implementará o seu estilo próprio “pouco a pouco”.
Será que o Flamengo voltará a atuar com dois extremos e um centroavante, sem os dois “avançados” se revezando no papel de referência, como Jesus adotou e fez muito sucesso? A dúvida converge para o maior dilema que Dome encontrará na equipe rubro-negra. Ao menos o elenco tem peças de sobra para adequar-se a um possível esquema com três atacantes.
Duas delas atendem por Vitinho e Pedro Rocha, que não vinham sendo titulares com Jesus, eram pontas anteriormente e que já haviam assegurado o ânimo catapultado com a chegada de um novo técnico.
– Sempre houve esse desejo de quem está no clube, de estar entre os titulares, mas é trabalhar a cada dia e estar preparado para que, quando tiver as oportunidades, ir bem e crescer, buscando espaço – falou Vitinho, que foi titular em quatro jogos nesta temporada.
Pedro Rocha, por sua vez, chegou a frisar a sua maior facilidade em atuar como ponta, o que não ocorria no sistema ofensivo de JJ, onde era utilizado como um dos dois “avançados”- geralmente pelo lado esquerdo do ataque – no 4-4-2.
– Foi onde tive mais sucesso na minha carreira, jogando mais aberto pelas pontas. Foi onde mais joguei e sei atuar melhor. Mas também gosto de jogar mais avançado, de atacante, só que ainda estou me adaptando porque não joguei tanto nessa posição. Joguei mais pela ponta e tive mais sucesso por ali – disse Pedro Rocha, que só atuou em quatro partidas em 2020.
Além de Vitinho e Pedro Rocha, o Flamengo tem Michael como outra opção apropriada para um possível 4-2-3-1 ou 4-3-3 (como Dome gostava de escalar quando treinou o New York City FC). Bruno Henrique, titular como atacante, é outro que está habituado à função extrema. Gabigol, centroavante conhecido pela mobilidade, também já cumpriu o papel na ala em situações pontuais.
Dos principais nomes para o ataque, dá para dizer que só Pedro tem características apenas de um autêntico camisa 9… Resta saber o andar do “pouco a pouco” e se a estratégia para atacar será alterada. O fato é que, por ora, seja a escolha por pontas ou “avançados”, a intensidade e o nível de empenho têm sido elogiados por Dome nesses primeiros treinos no CT.
FONTE: LANCE
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