Infraestrutura do norte deve ter mais atenção – por Silvio Persivo

Sem gemer, por favor. “Não torne as coisas piores, pensando que dói mais do que você realmente está sentindo” ( John Boyne).

 3º SEMINÁRIO DE FLORESTAS PLANTADAS

Terminou ontem, sexta-feira, o 3º Seminário de Florestas Plantadas – Plantar Árvores em Rondônia é um Grande Negócio, que faz parte do calendário oficial da região Sul do estado, com objetivo de discutir o potencial e as grandes oportunidades de Rondônia para o cultivo de florestas. O evento, que havia começado na quinta (12), no auditório da AVEC, em Vilhena, foi promovido governo estadual, para, além de disseminar informações técnicas e jurídicas, possibilitar aos empresários participantes firmar parcerias com produtores locais, fazer aquisição de áreas, oportunizando ganhos econômicos, sociais e ambientais com a atividade florestal em Rondônia.  Outro tema tratado no Seminário foi a diminuição da pressão sobre a floresta nativa quando se tem a implantação de projetos de cultivos florestais, o que atende a um dos objetivos do Programa de Florestas Plantadas em Rondônia. O seminário já está sendo considerado o maior momento de discussão das políticas florestais na região Norte. O Estado de Rondônia, através de uma legislação simples e facilitadora, apresenta grandes oportunidades para o cultivo de florestas.

1º CONCURSO DE QUALIDADE DO CAFÉ DE RONDÔNIA

Com a finalidade de promover a melhoria da qualidade do café em Rondônia, com ênfase na produção sustentável, a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e a Empresa Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater-RO) promovem o 1° Concurso de Qualidade de Café de Rondônia, que foi lançado, na manhã da quinta-feira (12), em Porto Velho. Segundo o presidente da Emater, Luiz Gomes, a proposta do concurso é incentivar a melhoria da qualidade e dar visibilidade ao café produzido em Rondônia, principalmente com a certificação de origem geográfica. Os vencedores do concurso serão conhecidos no dia 19 de setembro deste ano. Serão premiados os três primeiros colocados do concurso. A premiação é de R$ 3 mil para o primeiro lugar, R$ 2 mil para o segundo e R$ 1 mil para o terceiro colocado. O edital do concurso está disponível no site da Emater (http://www.emater.ro.gov.br/site).

INFRAESTRUTURA DO NORTE DEVE TER MAIS ATENÇÃO

Com a ascensão do senador Blairo Maggi no Ministério da Agricultura, um grande conhecedor do setor e defensor da melhoria da infraestrutura como forma de dar competitividade ao agronegócio, se espera que seja imprimido um novo ritmo nos investimentos considerados de relevância para o setor. Em particular as alternativas para o escoamento da soja pelo Norte deverão ganhar celeridade e se espera também a obra de restauração da BR-319, rodovia federal que liga Porto Velho a Manaus (AM).

 SANTO ANTONIO ENERGIA TEVE PREJUÍZO NO 1º TRIMESTRE

Anunciado que a Santo Antônio Energia fechou o primeiro trimestre com um prejuízo de R$ 140 milhões em linha com o resultado do ano passado. O ebtida da geradora cresceu de R$ 237 milhões, em 2015, para R$ 347 milhões na comparação entre trimestres. A margem ebtida aumentou para 55%, ante 33%, em decorrência da redução nos custos operacionais.  A receita líquida, por outro lado, caiu de R$ 709 milhões para R$ 663 milhões no período. A geração de energia da hidrelétrica do rio Madeira chegou a 3.426.878 MWh nos primeiros três meses do ano, ante 2.483.385 MWh e a hidrelétrica de Santo Antônio terminou o trimestre com 38 turbinas em operação, 100% da construção da obra concluída, restando apenas a finalização da montagem e testes das demais turbinas.

 META DEVE SER DIMINUIR A CARGA TRIBUÁRIA

O presidente do Conselho Superior e Coordenador de Estudos do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação -IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, sugeriu ao novo governo,  por causa do alto endividamento das pessoas e empresas, que adote medidas para diminuir o impacto da carga tributária, afirmando que “É necessário projetar melhorias nestes próximos dois anos. Entre elas reduzir a metade das burocracias existentes, evitar alterações na base de cálculo e alíquotas dos tributos e fazer uma racionalização na  legislação tributária”.

 CONSTRUÇÃO CIVIL PADECE SEM OBRAS

O setor da construção civil já viveu dias bem melhores, mas, desde o ano passado, com o não pagamento de serviços já realizados, em especial de obras públicas, e o cancelamento de investimentos, as construtoras ficaram sem horizontes. Sem obras para tocar, cada uma, a seu modo, tenta criar meios para continuar com as portas abertas. Muitas enxugaram a estrutura e demitiram grande parte dos funcionários. Outras nem isto conseguem fazer, pois, não têm dinheiro para pagar as indenizações trabalhistas. São comuns as mudanças da sede para imóveis menores e mais baratos, mas, mesmo assim as construtoras, na sua grande maioria, viraram empresas penduradas em renegociação com bancos. A esperança, agora, é que, com Temer, as medidas de ajuste sejam logo tomadas e se volte, no próximo ano, a ter perspectivas para o setor.

PROGRAMAS DE PARCERIAS E INVESTIMENTOS

Pelo menos, em sua primeira medida, o presidente Michel Temer parece disposto a incentivar novos investimentos, pois, editou uma medida provisória criando o Programa de Parcerias de Investimento (PPI). Trata-se de um novo órgão, que terá como gestor o ex-ministro Moreira Franco, com o objetivo de supervisionar todas as operações em que o Estado fará parcerias com a iniciativa privada para gerar investimentos em infraestrutura. O PPI será dirigido por uma secretaria-executiva. Será o braço operacional do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República, criado na mesma medida provisória.  O calendário e a lista das parcerias, concessões, PPPs, arrendamentos e outros tipos de contratos serão elaboradas pelo Conselho. Já a execução propriamente dita, desde os estudos prévios de engenharia, jurídico, ambiental e econômico, além da elaboração dos editais e dos leilões, ficará a cargo dos ministérios com a supervisão e o apoio do PPI, que ajudará a coordenar todas as ações para que as parcerias sejam feitas com transparência e agilidade.

Comentar