Cidades

Ibope sugere acerto na estratégia de Hildon Chaves: adiar decisão sobre reeleição evitou ataques e pluralizou o pleito

Tucano dispara em vantagem no primeiro turno levando em conta a primeira rodada do instituto cujas pesquisas têm revelado controvérsias no decorrer dos anos

O atual prefeito de Porto Velho Hildon Chaves, do PSDB, conscientemente ou não, adotou a estratégia perfeita antes de optar oficialmente por concorrer de novo à Prefeitura de Porto Velho.

Excursionou por emissoras de televisão e rádio dizendo ser contra o instituto da reeleição e deixou claro, na maioria das vezes, que “recolheria os flaps”.

Na reta final, tcharam, o alcaide tucano desistiu de desistir.

O ato pretelatório do chefe do Executivo criou duas consequências escancaradas: 01) ele deixou de receber críticas antes da hora, ou seja, evitou eventual desgaste por passar de pedra à vidraça até sacramentar a postulação; e 02) a sua “desistência” oxigenou tanto o cenário eletivo que o pleito conta hoje com 15 candidatos.

Com isso, Hildon não só conservou os votos que já seriam dele como também espalhou muito o apoio popular pelos seus 14 adversários, dando impressão de supremacia maiúscula diante deles.

Mas e o segundo turno? Muitas pessoas indecisas, com medo de “jogar o voto fora”, um receio descabido, diga-se de passagem, costumam aderir à campanha do “vencedor”. Há exceções, claro. Porém, frise-se, é, sim, uma possiblidade.

E a primeira rodada de pesquisa do conturbado Ibope deixou claro que a logística funcionou, tenha sido ela exercida de caso pensado ou não.

Hildon tem 23%; Vinícius Miguel (Cidadania) ficou com 12%; Cristiane Lopes (Progressistas) teve 9%; Breno Mendes (Avante), 7%.

Os demais ficaram assim: Lindomar Garçon (Republicanos), 6%; Coronel Ronaldo Flores (Solidariedade), 5%; Williames Pimentel (MDB), 4%; Sargento Eyder Brasil (PSL), 3%; e Leonel Bertolin (PTB), Pimenta de Rondônia (PSOL), Ramon Cujuí (PT) e Samuel Costa (PCdoB), com 1% cada um.

As chances de Miguel, o segundo colocado, ou mesmo Cristiane, empatada com ele dentro da margem de erro, caso ele ou ela corram para a próxima etapa com o tucano, confirmando no mundo real o resultado do cotejamento, seriam estabelecidas se Chaves alcançou seu teto de adesão nesses 23%.

Aí entra em cena o peso da rejeição que, no caso do atual prefeito, só não é maior do que a de Lindomar Garçon. Se ela imperar, manter a coroa pode ser mais difícil do que parece.

Por ora, a princípio, analisando friamente apenas os dados do instituto cuja sucessão de erros abalroou a própria credibilidade, destronar o atual mandatário do Palácio Tancredo Neves é tarefa hercúlea — embora possível –, incumbida a seus adversários.

DADOS DA PESQUISA CITADA:

Margem de erro: 4 pontos percentuais para mais ou para menos

Quem foi ouvido: 504 eleitores da cidade de Porto Velho

Quando a pesquisa foi feita: 12 a 14 de outubro

Número de identificação na Justiça Eleitoral: RO-05800/2020

O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro.

FONTE: RONDONIADINAMICA.COM

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