Ainda não há previsão para o fim da greve dos rodoviários do Distrito Federal. Durante toda a manhã desta segunda-feira (8/12), os representantes do Sindicato dos Rodoviários passaram em todas as garagens para conversar com os trabalhadores e a orientação era a mesma: só sair das garagens após os pagamentos dos salários. O reflexo da paralisação, que ocorre desde a quinta-feira (4/12), são paradas de ônibus lotadas, transporte pirata cobrando o dobro das passagens dos coletivos e trânsito mais congestionado, já que muitas pessoas estão tirando os carros das garagens para garantir a volta para casa.
O Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou, no fim de semana, que o pagamento de parte da dívida com os empresários será feito ainda hoje. Mas, sem a garantia do dinheiro na conta, os rodoviários das empresas Pioneira, Marechal e Urbi, além das cooperativas MSC e Alternativa mantêm os coletivos nas garagens até que o salário deste mês e a primeira parcela do 13º sejam, de fato, pagos. Segundo o sindicato da categoria há ainda outro problema em relação aos motoristas que operam os ônibus articulados. Eles reivindicam também o pagamento de 10% em cima das horas trabalhadas durante o mês, benefício a que têm direito por dirigirem este tipo de veículo. O valor não é depositado desde setembro.
O Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) afirma que o repasse da verba para as empresas foi iniciado por volta das 9h, no começo do horário de expediente bancário. A previsão era de que o processo fosse concluído até às 13h, o que ainda não ocorreu. Depois que o dinheiro estiver à disposição das empresas, fica a cargo de cada uma delas a liberação dos valores para as contas dos trabalhadores.
O diretor do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), Jair Tedeschi, garantiu que o GDF conseguiu R$ 35 milhões para quitar parte da dívida com os empresários, que totaliza R$ 75 milhões, segundo ele. Trabalhadores das empresas Pioneira, Marechal e Urbi ainda não receberam o salário deste mês. Já os empregados das cooperativas MCS e Alternativa cruzaram os braços para reivindicar o pagamento da primeira parcela do 13º e do salário de dezembro. As empresas são responsáveis pela circulação em 17 regiões administrativas. A paralisação afeta cerca de 700 mil usuários do transporte.
Fonte: Correio Braziliense
Add Comment