Alegando questões regimentais, Confúcio quer evitar investigações sobre esquema milionário montado em sua gestão
Flagra
Um leitor de PAINEL POLÍTICO enviou fotos de uma caçamba do DER descarregando cascalho em uma residência particular no conjunto Marechal Rondon em Porto Velho, por volta das 11 horas da manhã na frente de todo mundo. Indignado, ele fotografou e a gente publicou AQUI.
Falando em DER
A gente lembra das péssimas condições em que se encontram as rodovias estaduais, mas além da falta de manutenção por parte do governo do Estado, tem também a total falta de planejamento e principalmente, de competência para resolver um problema que se arrasta a cada governo, o pesado tráfego que elas vem sofrendo nos últimos anos vem prejudicando moradores de regiões distantes, e o governo se faz de “gato morto” na questão. Vou explicar.
Questão de planejamento
Uma rodovia, ao ser planejada, precisa levar respeitar a duas considerações essenciais, a velocidade diretriz e o cálculo do número “N”. O primeiro diz respeito a velocidade de tráfego que pode ser suportado pelo asfalto, nas rodovias federais é de 120 km por hora, e nas rodovias de Rondônia, 60 km. O cálculo do número “N” é a quantidade e tipo de veículos que trafegam durante determinado tempo. Para isso é feita uma contagem de quantidade e velocidade, normalmente encontramos técnicos ao longo de rodovias com um equipamento que faz essa contagem. A partir disso, é possível determinar o projeto das estradas.
Pois é
O projeto das rodovias de Rondônia foi feito em 1993 e nunca foi atualizado. E o mais grave, elas não foram projetadas para receber cargas pesadas, como as que trafegam atualmente. Para esse controle, seria necessário que o Estado instalasse balanças nas rodovias, o que nunca foi feito. Para se ter uma idéia, no cone sul por exemplo, as estradas sofrem atualmente com pesado tráfego de carretas carregadas de soja e isso vem prejudicando o asfalto. Mas o governo, ao invés de fazer um novo projeto, atualizado, prefere gastar aos tubos com uma manutenção “meia boca”, e pior, vem tentando empurrar essa bucha para as empresas responsáveis pelas obras. Algumas já ganharam na justiça provando que o Estado é inoperante e jamais poderia obriga-las a “estender a garantia” que em média é de 5 anos, uma vez que o asfalto foi feito baseado no projeto do próprio DER.
Além disso
O Estado também não vem dando a manutenção necessária e as rodovias estaduais, que estão se desmanchando, vão continuar apresentando problemas, porque não adianta fazer “tapa-buracos”, tem que fazer todo o processo, do zero, ou seja, refazer a base onde vai a capa asfáltica. Do contrário vai continuar esse serviço de “enxugar gelo”. Mas o coronel bombeiro deve ter outras preocupações, porque até hoje não prestou atenção a essa situação. Interessante é ver deputado pedindo “tapa-buracos” em estradas sem também não atentar para essa questão, que é primária em se tratando de projetos públicos.
Então
Estraguei seus sonhos de que o governo estabelecia limite de velocidade por questões de segurança né? Na verdade esses limites são impostos por uma questão de custo. Mais velocidade implica em mais gasto da capa asfáltica e pressão sobre a base, e consequentemente um custo maior na hora de executar o projeto. Só para lembrar, em 1993 as rodovias do Estado eram praticamente desertas, trafegavam poucos carros e caminhões só os de mudança. Hoje os caminheiros descobriram “atalhos” pelas rodovias estaduais e isso vem detonando-as. A forma mais correta de resolver essa situação é a implantação de balanças e uma fiscalização efetiva para que sejam respeitados os limites de carga e velocidade. Mas isso é quase uma utopia.
Pela assembleia
Um conselheiro do Tribunal de Contas foi visto com muita frequência pela assembleia legislativa recentemente. Seria ele o próximo a se aposentar e abrir a tão sonhada vaga que Daniel Pereira vem querendo. Mas o páreo está acirrado, já que o deputado estadual Luizinho Goebel também anda suspirando pelo cargo. Por fora ainda tem um assessor de Maurão de Carvalho e o ex-secretário de Finanças Gilvan Ramos e acredite, o atual chefe da Casa Civil Emerson Castro que preenche todos os requisitos para o cargo e pode ser a bola da vez. Evidente que no meio desse caminho temos vários “se”, a começar pela aposentadoria do conselheiro. Vale lembrar que normalmente quando a vaga é declarada aberta, o novo dono já está definido.
Portanto
Não será nenhuma novidade para quem acompanha a coluna, se o Tribunal de Contas amanhecer com um novo conselheiro. À conferir.
No judiciário
O governo vai tentar barrar a CPI da Evasão Fiscal através do Tribunal de Justiça. Confúcio alega que a criação da comissão não obedeceu a quantidade mínima de representação partidária e por isso, segundo os governistas, deve ser arquivada. Evidente que uma tecnicidade besta dessas não pode ser motivo para que o Tribunal de Justiça nos prive de conhecer os meandros de um dos maiores escândalos da administração Confúcio Moura.
Enquanto isso
Apodrecem em um galpão na zona leste de Porto Velho, 40 totens de auto-atendimento que foram comprados pelo Detran em 2013, foram entregues no início de 2014 e até hoje não foram instalados. É bom lembrar que o Detran de Rondônia tem um atendimento mega-atrapalhado e só despachantes conseguem resolver alguma coisa por ali. Nós, pobres mortais, perdemos no mínimo, um dia inteiro para tentar um atendimento mínimo. Coisas de Rondônia.
E no CPA
Segundo Confúcio Moura, será feita uma “grande festa” para comemorar o fato do governo estar quase todo instalado no prédio que foi projetado e teve parte de sua conclusão no governo Ivo Cassol. Confúcio disse que vai convidar o “senador para a festa”.
Bandeira vermelha
Com as contas de energia pipocando no bolso dos rondonienses, qualquer visão de desperdício revolta a população. E o governo, que não costuma ser economico, não tá nem aí quando o assunto é energia elétrica. Seria bom governador, o senhor dar um bom exemplo de economicidade e mandar que apaguem as luzes ao sairem do prédio. Um leitor da coluna fotografou o CPA por volta de 1 da manhã e parecia Natal. Tudo aceso. Vejam a imagem:
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Quimioterapia prejudica pacientes com câncer terminal, diz estudo
Utilizar quimioterapia em pessoas com câncer terminal pode causar mais mal do que bem – é o que aponta um estudo publicado nesta quinta-feira pelo Journal of the American Medical Association (JAMA). O estudo se baseia em um grupo de mais de 300 pacientes com câncer metastático, ou seja, os que têm tumores disseminados para outros órgãos a partir do lugar de aparição original. Cerca da metade dos pacientes receberam quimioterapia, que consiste usar potentes produtos químicos no corpo para destruir as células cancerígenas e reduzir os tumores. Os efeitos colaterais incluem fraqueza, náuseas, fatiga e queda de cabelo. Em um editorial que acompanha o trabalho, os doutores Carlos Blanke e Erik Fromme, da Oregon Health and Science University, argumentam que a mudança de pautas para o uso da quimioterapia em todos os casos não é a solução correta. Mas incentivam que os médicos devem desaconselhar a utilização da quimioterapia para os pacientes com câncer avançado em seus últimos meses de vida. “Equiparar o tratamento com esperança é inadequado. Inclusive, quando os oncologista comunicam com clareza o diagnóstico e são honestos sobre as limitações do tratamento, muitos pacientes sentem uma enorme pressão para continuar com esse tratamento”, destaca o editorial.
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