Esporte

Governo quer que turistas venham visitar cemitério de Porto Velho

Superintendente de Turismo quer trazer gente para ver as tumbas do cemitério dos Inocentes, localizado na região central de Porto Velho

Gafe

O chefe da Casa Civil Emerson Castro, em evento que reunia empresários de vários setores que se queixavam da tentativa do governo em aumentar o ICMS e o IPVA, foi discursar. Estufou o peito e saiu-se com essa, “eu também sou empresário, sei das dificuldades da classe. Tenho uma choperia no Nordeste”. Um empresário que estava na platéia falou, “é, mas nós investimos e acreditamos em Rondônia, enquanto o senhor, que diz ser de Rondônia, vai investir em outros estados. O senhor deveria ter vergonha”. Eu também acho…

Na verdade

Castro, que no passado muito remoto chegou a ser minimamente coerente, perdeu essa sobriedade ao insistir na vida pública. Nunca foi político de fato, já que não conseguiu ser eleito para cargo algum. Mas encontrou espaço em um campo fértil onde, às vezes, a mediocridade se sobressai…

Vai entender

A SETUR em Rondônia tem apenas uma função, servir de cabide para uma turma grande. Mas, agora para tentar justificar o salário, o superintendente Júlio Olívar resolveu inovar. Ele quer promover o “turismo de cemitério” em Rondônia. Não, você não leu errado. No devaneio de Olívar, as pessoas vão viajar à Porto Velho para conhecer o túmulo de Emannoel Silvestre do Amarante (Major Amarante), que era genro do Marechal Rondon. O superintendente acredita que o Cemitério dos Inocentes, em Porto Velho, seria um atrativo turístico. Falta do que fazer lá pela SETUR.

Como justificativa

Olívar alega que em alguns países europeus ou mesmo no Rio de Janeiro, existe essa modalidade de turismo. Realmente existe, mas uma coisa é você visitar um cemitério europeu, com túmulos góticos de grandes escritores, poetas e artistas. Outra é você vir para Porto Velho para visitar o cemitério dos Inocentes, que está abandonado e sequer tem onde estacionar para ver uma sepultura de um falecido militar. Realmente, o governador Confúcio Moura tem motivos de sobra para não querer mais despachar com Olívar. Ele podia aproveitar o fim de ano e dar logo as contas do superintendente. Não ia fazer nenhuma falta.

Falando em SETUR

O ex-secretário de turismo ( na época era secretaria) Leandro Basílio está articulando para assumir o comando do conselho do SEBRAE em Rondônia. As conversas estão fortes e a pressão também. A passagem de Basílio pela SETUR foi exatamente igual a de Júlio Olívar, não fez nada. Passeou, tergiversou, falava bem do governador e resultado mesmo, zero. Provavelmente vai fazer o mesmo no SEBRAE.

Olha essa

No último fim de semana foi preso em Macapá (AP), Renato Renas de Carvalho, de 49 anos, foragido do sistema prisional. Seria apenas uma notícia, sobre um vagabundo qualquer, mas não é. Trata-se na verdade de Agenor Vitorino de Carvalho, mais conhecido como “Japa”, que foi pivô em um dos casos políticos de maior repercussão de Rondônia dos últimos tempos, envolvendo Ivo Casso, Expedito Júnior, Ministério Público Federal e delegados de polícia civil.

O Japa

Agenor Vitorino, que também usa o nome de Kaio Renato Moreno Júnior já foi preso de posse de 753 quilos de cocaína em Machadinho, por roubar um avião com 289 quilos de ouro e por homicídio. Um elemento de altíssima periculosidade que estava foragido de Rondônia, onde constam dois mandados de prisão em aberto. Na agende de seu celular, os policiais encontraram conversas de whatsapp e contatos de vários políticos rondonienses.

Mal contada

Japa apareceu no noticiário político quando foi acusado de coagir testemunhas da Operação Garoupa, que investigava a mal contada história da compra de votos por parte do então candidato ao senado Expedito Júnior. Anos após o caso, descobriu-se que a Polícia Federal foi induzida a uma série de erros graças a ação de alguns vigilantes que estavam à serviço do empresário Acir Gurgacz, então candidato derrotado ao Senado naquele ano de 2006. Uma gravação feita no escritório da Eucatur mostrou os detalhes de toda a armação. Na época, a Polícia Civil conduziu uma investigação paralela à da Polícia Federal, no sentido de apurar denúncias de pagamento de propina aos vigilantes. Japa era, na época, motorista em Ji-Paraná do ex-deputado estadual Euclides Maciel, e ele conhecia os vigilantes acusadores.

Testemunha

Japa, que à época ainda não tinha envolvimento com crimes de tráfico, foi testemunha de acusação contra os vigilantes. Ele não é santo. Está longe de ser. É um bandido perigoso e disposto a tudo para se dar bem. Após ter sido preso, chegou a enviar correspondência para membros do Ministério Público Federal cobrando supostos acordos feitos com o próprio MPF para “incriminar políticos e delegados”. Japa causou um estrago imenso na vida de profissionais sérios que atuam na segurança pública de Rondônia, alguns ainda respondem criminais com risco de serem condenados.

O resumo

Dessa história é que Japa, de fato conhecia os vigilantes que se venderam no esquema. Sabia da armação porque eram todos vizinhos. Quando foi preso, alguns meses depois com mais de 700 quilos de cocaína, viu uma janela de oportunidade se abrir e passou a fazer mil e uma traquinagens. É um bandido que tem que pagar por todos os seus crimes. Lamentavelmente ele arrastou para a lama algumas pessoas que não mereciam. Mas essa conta, pelo jeito, ele não vai pagar.

Falando em segurança pública

Situação em Porto Velho está desesperadora. Em média estão sendo registrados de 8 a 10 furtos/roubos de carros por dia. Motos então nem se fala. Na semana passada um piloto aposentado relatou ter sido assaltado em plena luz do dia na Avenida Lauro Sodré nas imediações do Parque Circuito enquanto caminhava. Foi atacado por um bando de marginais armados com facas e facões. Ele conta ter sido a oitava vítima apenas naquela semana no mesmo local. Polícia você só encontra na CAERD e nas demais repartições, porque nas delegacias mesmo…

Várias opções

A LF está com uma série de oportunidades para você que está pensando em trocar de carro neste fim de ano. E lá você tem opção de escolher entre os carros da Peugeot, Citroen ou Mitsubishi. Como se vê, tem opção para todos os bolsos. Faça uma visita a uma das concessionárias do Grupo LF.

Fim de ano

Pois é, mais um ano que está indo embora e a gente fica naquele misto de alegria e tristeza. Felizes por termos vencido mais um ano, com seus altos e baixos e tristes porque lamentavelmente ainda noticiamos coisas ruins, como corrupção, assassinatos, abusos, violência, roubalheiras. Mas, como em todos os finais de ano, renovamos as esperanças, mesmo com perspectivas tão sombrias para 2016. De qualquer forma, o que vale mais que qualquer coisa são os amigos que fazemos, as amizades conquistadas e os desafios vencidos. Para nós, aqui de PAINEL POLÍTICO foi um ano turbulento, de mudanças e aprendizados. Vamos chegar em 2016 ainda mais afiados e com novidades, algumas já lançadas este ano, como a Rádio Painel Político.

Completaremos

Em maio de 2016, 7 anos de coluna e em setembro 4 anos de site PAINEL POLÍTICO, que ao longo desse período passou por uma série de mudanças, tanto na linha editorial, quanto no layout. Mas o que não mudou ao longo desse tempo foram os parceiros de primeira hora. Não tenho como nominar todos por uma questão de justiça (a memória pode me trair). Mas quero agradecer a todos, que de forma ou outra colaborou com PAINEL POLÍTICO ao longo desse ano. E claro, não posso deixar de agradecer principalmente a nossos leitores que ajudaram o site a atingir a meta (que não tínhamos) e a dobrar essa mesma meta ao longo desse ano. Valeu mesmo. Estaremos publicando a coluna ainda esta semana, depois a gente entra em recesso e retornamos em 2016. Valeu mesmo!

Clínica Mais Saúde informa – Dormir demais faz tanto mal quanto cigarro ou bebidas

Dormir mais de nove horas por noite pode ser tão perigoso para a saúde quanto fumar e consumir bebidas alcoólicas. É o que diz um estudo publicado recentemente no periódico científico PLOS Medicine. O trabalho, conduzido por pesquisadores da Universidade de Sydney, analisou os hábitos de saúde de 230.000 pessoas com mais de 45 anos de idade. Além de comportamentos já relacionados ao aumento do risco de doenças, como o tabagismo, o excesso de bebidas alcoólicas, alimentação pobre e falta de exercícios, os pesquisadores também acrescentaram o tempo gasto sentado e pouco ou muito sono. Os resultados mostraram que as pessoas fisicamente inativas que dormiam mais de nove horas corriam um risco de morte 1.6 vezes maior do que as que praticavam o equivalente a “mais de 150 minutos de atividade física moderada ou vigorosa por semana” e dormiam pouco. Uma das possíveis explicações é o fato de que dormir mais de nove horas aumenta a probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2, problemas de tolerância à glicose, doenças cardíacas e obesidade.

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Gomes Oliveira

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