Enrolados
Na medida em que os órgãos de controle vão puxando o fio condutor dos malfeitos rondonienses, uma parte considerável dos prefeitos vai se enrolando. Pelo menos é o que dá para deduzir pela quantidade de municípios investigados com obras bancadas com recursos oriundos da União e utilizados de forma irregular. Os rolos das administrações municipais comprovam a situação caótica em que se encontra os municípios. Razão pela qual a maioria dos prefeitos é rejeitada.
Operação
A operação policial que prendeu o ex-secretário adjunto da Casa Civil Vitorino Cherque, nesta terça-feira, está relacionada com o tempo em que administrou o município de Mirante da Serra. Isto significa dizer que nenhum outro ex-prefeito está a salvo de seguir o mesmo caminho, caso tenha a administração devassada e malfeitos desvendados. Há fortes comentários nos bastidores indicando para novas operações. Aliás, a movimentação dos policiais federais nos hotéis de Ji-Paraná agitou as redes sociais no último final de semana. Todos comentavam que uma operação policial aconteceria, não se sabia onde, apesar das especulações.
Por um triz
O Governo de Rondônia foi salvo do desgaste dessa nova operação por um triz, pois Vitorino ocupou entre janeiro e abril o importante cargo de secretário adjunto da Casa Civil. Segundo consta no Diário Oficial a exoneração ocorreu a pedido dele (Vitorino), senão estaria até hoje assessorando o governador Confúcio Moura no Palácio Vargas. Na última eleição o ex-prefeito disputou uma vaga na Assembleia Legislativa: neste caso o eleitor fez a sua parte ao derrotá-lo nas urnas.
Agronegócio
Foi um sucesso a feira de agronegócios promovida pelo setor produtivo estadual em Ji-Paraná, movimentando o comércio e o segmento agrícola. Há uma máxima rondoniense que diz que o estado cresce independentemente do governo de plantão, basta não atrapalhar. Foi o que aconteceu na Rondônia Rural Show. O evento comprovou a competência do setor produtivo e o governador cassado aproveitou a festa pra faturar politicamente. Menos mal, já que poderia atrapalhar. Os governistas investiram apenas na distribuição de chapéus ao velho estilo K-Sol. Será um presságio?
Devagar
A licitação da prefeitura de Porto Velho para contratação de uma nova empresa de transportes coletivos está caminhando na mesma velocidade da administração. Parece cômico para não dizer trágico como os auxiliares de Mauro Nazif estão perdidos na burocracia do paço municipal. Não há em andamento nenhuma obra nova que reflita a marca dessa administração e a capital está um caos. Desde que o Dnit retomou as obras dos viadutos que Mauro prometeu concluir em poucos dias, a prefeitura faz de conta que não tem nada a ver com o monstrengo, como se aqueles escombros não afetassem a vida dos munícipes.
Reeleição
Embora estejam mais da metade do mandato administrando a capital sob críticas intensas, os auxiliares do Mauro Nazif acreditam que ainda é possível reverter os índices negativos da popularidade e disputar com chance um segundo mandato. Na política tudo é possível – este cabeça chata só não viu boi voar, mas testemunhou um pouco de tudo -, no entanto, a coluna duvida de uma recuperação fenomenal da gestão Nazif, restando menos de um ano para o início das eleições. Por uma razão simples: enquanto os municípios estão com problema de fluxo de caixa, os cofres de Porto Velhos estão com a ‘tulha’ cheia. Não realizam obras por incapacidade de resolver os problemas burocráticos. Dificilmente em doze meses consigam uma expertise que em trinta e seis meses não conseguiram.
Terra arrasada
A situação da capital é tão horrorosa que as principais lideranças do município estão receosas em colocar o nome para encarar os problemas. Não bastassem as carências estruturantes, os problemas de invasões de terras urbanas, outrora comandadas pelos ex-deputados Índio e Raquel Cândido, retornaram uma década depois com mais intensidade. Isto sem falar do trânsito e da violência que infernizam a vida do contribuinte da capital. A prefeitura se defende dizendo que está trabalhando da forma correta, por esta razão a lentidão. Pura empulhação, nesse ritmo Nazif precisaria de dez reeleições para melhorar a cidade. Tempo suficiente para todos nós estarmos mortos e enterrados num buraco. Aliás, um perigo constante com as crateras abertas.
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