Em Minas, o combustível está sendo comercializado a R$ 5,19; no Acre, a R$ 5,58
O brasileiro está mais pobre e a gasolina mais cara. Desde que Michel Temer liberou a Petrobrás para comercializar combustível com “câmbio flutuante” que o preço só aumentou e quem ganha dinheiro são apenas os investidores, enquanto a população segue pagando a conta absurda.
O Brasil é produtor de petróleo, tinha refinarias e tinha distribuidora e a gasolina custa R$ 5,19.
Os americanos, nos Estados Unidos, que não produzem uma gota sequer de petróleo, pagam míseros R$ 2,15 no litro (U$ 0,68), sem mistura de etanol. Só que lá o combustível é vendido em galões (3,78 litros) ao preço de U$ 2,59. Em 1995 os americanos pagavam U$ 1,15 no galão. Ou seja, em 25 anos o reajuste foi de U$ 1,44.
Devido a alta no preço dos combustíveis, na cidade de Belo Horizonte a gasolina está sendo vendida a R$ 5,19 em alguns postos.
O valor médio da gasolina vendido nos postos brasileiros avançou em 17 Estados brasileiros e no Distrito Federal na semana passada, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), compilados pelo AE-Taxas. Houve recuo em oito unidades da Federação e estabilidade nos preços em Roraima.
Na média nacional, o preço médio avançou 0,02% na semana passada sobre a anterior, de R$ 4,504 para R$ 4,505.
Em São Paulo, maior consumidor do País e com mais postos pesquisados, o litro da gasolina caiu 0,80%, de R$ 4,248 para R$ 4,214, em média.
No Rio de Janeiro, o combustível subiu 0,58%, de R$ 4,962 para R$ 4,991, em média.
Adotada em julho de 2017 pelo governo Michel Temer (MDB), a política de preços da Petrobras de reajustar os combustíveis de acordo com a variação cambial e da oscilação do barril de petróleo no mercado internacional continua com Jair Bolsonaro (PSL) e tem pesado cada vez mais no orçamento da sociedade brasileira.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP), o preço médio da gasolina nas bombas terminou a semana passada a R$ 4,063. Em alguns estados, porém, segundo a própria ANP, o valor médio é ainda maior e o litro chega a R$ 4,962 no Rio e R$ 4,937 no Acre.
Na vida real, o preço é mais alto ainda. O valor final pago pelo consumidor ultrapassa os R$ 5,00. É o caso dos moradores de Rio Branco, no Acre, que há mais de seis meses não conseguem pagar menos de R$ 5,00 no litro da gasolina. Em setembro do ano passado, quando o preço do litro da gasolina atingiu o patamar mais alto desde julho de 2017, os acreanos chegaram a pagar R$ 5,15 no litro do combustível e o valor nunca caiu, apenas oscila entre R$ 5,09 e R$ 5,15.
No interior do Acre, a situação é ainda mais grave. Os moradores de Cruzeiro do Sul estão pagando R$ 5,580 no litro da gasolina. “Deve ser a gasolina mais cara do país”, diz o vice-presidente da CUT-AC, Edmar Batista Tonelly.
Segundo Edmar, o impacto dessa política está afetando toda a população, inclusive a que não tem carro. Isso porque os reajustes muito acima da inflação impactam no valor de diversos produtos, em especial os alimentos, que pesam muito no orçamento das famílias brasileiras.
“O preço do frete aqui na região é caro por causa da localização geográfica e isso faz com que os aumentos dos combustíveis sejam repassados para praticamente todos os produtos consumidos pela população aqui do Acre”, explica.
Preços da gasolina nos EUA por ano, desde 1995 (dólares por galão)
Ano Média anual
Ano 1995 1,15
Ano 1996 1,24
Ano 1997 1,24
Ano 1998 1,07
Ano 1999 1,17
Ano 2000 1,52
Ano 2001 1,46
Ano 2002 1,38
Ano 2003 1,60
Ano 2004 1,89
Ano 2005 2,31
Ano 2006 2,61
Ano 2007 2,84
Ano 2008 3,29
Ano 2009 2,40
Ano 2010 2,83
Ano 2011 3,57
Ano 2012 3,68
Ano 2013 3,57
Ano 2014 3,43
Ano 2015 2,52
Ano 2016 2,25
Ano 2017 2,52
Ano 2018 2,59
FONTE: PAINEL POLITICO
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