Presidente da Fenapaf, que representa os atletas, disse que os jogadores só retornarão com aprovação de autoridades médicas
Ao explicar o vídeo divulgado por vários jogadores de grandes clubes brasileiros, o presidente da Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais), Felipe Augusto Neto, destacou que, neste momento, não haverá retorno dos jogadores aos treinos em Centros de Treinamento. E que os atletas tomarão providências caso os clubes pressionem pela volta imediata.
“Aceitar ou não a determinação dos clubes somente quando houver determinação dos clubes. Não há até hoje, pois a responsabilidade de uma medida irresponsável e contrária à medicina é dos clubes. E acho que eles não tomarão uma medida desfundamentada na ciência médica. A situação continua a mesma, paralisação”, afirmou.
Ele não acredita que clubes como Grêmio, Inter-RS, Atlético-MG, Flamengo e Corinthians irão adiante em suas intenções de retomar as atividades, mesmo seguindo os chamados protocolos de segurança. E, apesar de municípios autorizarem, a falta de permissão dos Estados impedirá a volta agora, segundo Leite.
“Tem clube que tá anunciando volta com treinamento em casa. Precisamos matar um leão por dia. Não estamos dominando a doença, ainda. Tudo é uma incerteza, os clubes mesmos estão sem saber como fazer, confesso. Estados não estão autorizando, inclusive”, ressaltou.
O vídeo divulgado nesta segunda-feira (4) foi a primeira manifestação formal dos jogadores a respeito da paralisação na pandemia.
Eles demonstraram que só apoiam a retomada das atividades e das competições se receberem o aval das autoridades médicas.
E se colocaram contra o Projeto de Lei emergencial que suspende temporariamente o pagamento das parcelas do Profut, programa de refinanciamento de dívidas dos clubes de futebol com a União.
Mas o motivo da discordância seria o fato de a legislação emergencial alterar relações contratuais entre clubes e atletas, com redução de rescisões. Segundo a relatoria, o objetivo seria seguir determinações da Fifa (Federação Internacional de Futebol Associado) e a reforma trabalhista aprovada em 2017.
O projeto, no entanto, em tese procura proteger jogadores que recebem menos. Isto porque propõe também que a receita da loteria Timemania seja direcionada aos clubes, em vez de para a Receita Federal, como vinha ocorrendo. O valor seria utilizado, além de na manutenção dos clubes, para pagar salários de no máximo duas vezes o teto do INSS.
FONTE: R7.COM
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