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Força-tarefa deflagra 2ª fase da Operação Arinna mirando adulteração de combustível

Gaeco, Receita Federal e Polícia Rodoviária Federal fazem cerco a esquema que movimentou R$ 4,8 bi

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, a Receita Federal e a Polícia Rodoviária Federal deflagraram, na manhã desta segunda-feira (15/03), a segunda fase da Operação Arinna, focando especificamente na adulteração de combustível. O esquema teria possibilitado à organização criminosa investigada sonegar tributos federais estimados em em R$ 270 milhões.

A Operação Arinna, iniciou-se a partir de abordagens da PRF a veículos em rodovias federais no estado de São Paulo, durante as quais foram flagradas adulterações do Arla32, situações encaminhadas para o MPSP, que conduziu as investigações e descobriu que se tratava de algo maior, a adulteração de combustíveis, que culminou na primeira etapa realizada em novembro de 2020.

Esta segunda etapa da operação decorre da análise dos dados fiscais e bancários que tiveram o sigilo levantado por decisão judicial. O Exame das informações permitiu identificar o caminho percorrido pelo dinheiro, desde os financiadores do esquema investigado até os principais beneficiários desses recursos.

Apurou-se que as empresas Sun Energy Indústria e Comércio, Importador e Exportador de Lubrificantes e Aditivos Eireli e Confidence Trading Comércio, Importação e Exportação de Produtos Químicos Eireli, alvos da primeira fase da operação, comercializaram, aproximadamente, R$ 82 milhões de Nafta.

As duas companhias obtinham autorização da Agência Nacional do Petróleo para aquisição de Nafta sob a justificativa de que o produto seria utilizado como insumo pela indústria petroquímica.

Mediante cruzamentos realizados, foi possível visualizar que as aquisições de Nafta estavam sendo financiadas por pessoas e empresas vinculadas ao setor de combustível.

Essa substância desperta muito interesse de organizações criminosas em razão da sua composição química ser muito semelhante à da gasolina e por ter um custo menor.

O principal financiador do “esquema”, que também figura como um dos grandes devedores da Fazenda Nacional e do Estado de São Paulo, para permanecer oculto nas operações de importação e comercialização dos produtos citados, utilizou contas de terceiros, as quais acolheram créditos superiores a R$ 490 milhões no transcorrer de três anos.

Estima-se que todos os investigados na segunda fase tenham movimentado R$ 4,8 bilhões.

Nesta segunda, estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão. Participam da operação sete promotores de Justiça, 15 auditores fiscais, seis analistas tributários e mais de 90 policiais rodoviários federais nas cidades de Valinhos, Paulínia, Araraquara, Ibaté, Ribeirão Bonito, Cocalinho (MT) e Cuiabá (MT).

O nome da operação é uma referência à deusa do sol da extinta civilização hitita.

FONTE: MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

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Marcio Martins martins

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