Esporte

Flamengo ‘dribla’ crise, e investimento na formação de atletas cresce pelo sexto ano consecutivo

Sequência da qualificação das divisões de base foi exaltada pelo presidente Rodolfo Landim

“Craque, o Flamengo faz em casa”, e o clube da Gávea, nos últimos anos, tem feito jus ao slogan – revelando uma série de atletas que renderam aos cofres rubro-negros mais de R$ 600 milhões. O demonstrativo financeiro de 2020, publicado nesta quinta, revela que o sucesso tem um custo. Afinal, de 2013 para cá, o investimento na formação de jogadores aumentou 618%, saltando de R$ 7,4 milhões em 2014 (ano mais “barato” do período) para R$ 53,1 milhões na temporada passada. Confira a evolução dos gastos com a base mais abaixo.

A sequência do investimento no desenvolvimento dos “Garotos do Ninho” e de toda estrutura que os atende no CT – o qual teve início na gestão do Eduardo Bandeira de Mello – foi destacada pelo presidente Rodolfo Landim em carta.

– A crise econômica, portanto, não interrompeu nossas estratégias de fortalecimento da marca e aumento da competitividade; ao contrário, demos sequência aos planos de investimentos relacionados à modernização de nossas instalações (…) e qualificação técnica do nosso elenco de Futebol, não apenas pela aquisição e renovação contratual de atletas de ponta como também pelo investimento nas nossas categorias de base – publicou o atual mandatário.

Ainda de acordo com o balanço, os custos com atletas em formação englobam os gastos diretamente relacionados com a formação de atletas, como alojamento, alimentação, transporte, educação, vestuário, assistência médica e comissão técnica, entre outros. A avaliação dos jovens é feita semestralmente a fim de examinar a viabilidade técnica e definir os atletas aptos a continuarem o processo de formação profissional no CT do Ninho do Urubu, do Flamengo.

JOIAS RENDEM FRUTOS DENTRO E FORA DE CAMPO

Hoje, o elenco profissional rubro-negro é formado por 30 atletas, dos quais 10 são formados nas divisões de base do clube. Hugo Souza, Matheuzinho, João Gomes, Pepê e Rodrigo Muniz são utilizados com frequência por Rogério Ceni.

Uma prova da qualidades dos “Garotos” foi dada no início de Estadual, no qual o Flamengo atuou com uma equipe alternativa, formada pelo Sub-20 e alguns reforços pontuais, e venceu quatro e empatou um dos seis jogos que disputou.

A parte financeira também é fundamental para o Flamengo. Em 2020, o clube arrecadou R$ 195 milhões com as cinco principais vendas feitas, sendo que quatro foram de atletas formados no clube: Caio Roque, Matheus Sávio, Vinícius Souza e Reinier. A exceção foi o espanhol Pablo Marí, que foi vendido por R$ 24,49 milhões. Entre janeiro e março de 2021, as transferências de Yuri César e Lincoln também já renderam cerca de R$ 46 milhões ao Rubro-Negro.

Ano a ano, o investimento do Flamengo em formação de atletas desde 2013:

2013 – R$ 8,195 milhões*
2014 – R$ 7,406 milhões*
2015 – R$ 10,526 milhões*
2016 – R$ 16,652 milhões*
2017 – R$ 23,832 milhões**
2018 – R$ 35,201 milhões**
2019 – R$ 44,123 milhões**
2020 – R$ 53,171 milhões*

*Valores retirados dos demonstrativos financeiros referentes a cada ano
** Valores retirados da demonstração financeira de 2019

FONTE: LANCE

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Marcio Martins martins

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