Cidades

Financiamentos, oportunidades de negócios fecham debates do Amazônia+21

Negócios e financiamentos para promoção do desenvolvimento sustentável e melhoria da qualidade de vida da população residente na região Amazônica serão a tônica dos debates deste terceiro e último dia do Fórum Mundial Amazônia+21, que acontece de forma virtual. O evento é promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Rondônia, em parceria com a prefeitura de Porto Velho, através da Agência de Desenvolvimento de Porto Velho (ADPVH).

Para o presidente da FIERO e coordenador do Fórum, Marcelo Thomé, os resultados mostram que não há mais espaço para a falsa dicotomia entre preservação e desenvolvimento. “O entrave histórico diante de qualquer tentativa de discutir o desenvolvimento da Amazônia impactou no crescimento econômico dos nove estados que compõem a Amazônia Legal e na vida das pessoas que vivem aqui. A pesquisa mostra que já não há mais entre a população a ideia intocabilidade no bioma amazônico. Pelo contrário, há a clara percepção de que o desenvolvimento da região alinhado à conservação das suas riquezas naturais é totalmente possível”.

De acordo com Thomé “a partir deste debate poderemos contribuir para o desenvolvimento da Amazônia. O resultado da pesquisa mostra que 90 por cento dos brasileiros acredita na importância do desenvolvimento da Amazônia, mas mostrou que somente sem destruição da floresta, isso será possível, pois a Amazônia tem grande valor para o país. Participaram dos debates o presidente da CNI, Robson Braga e o governador de Rondônia, Marcos Rocha.

Neste segundo dia as discussões foram focadas nos temas, negócios, ciência e inovação. Mediados pelo gerente-executivo de Inovação e Tecnologia do SENAI-Departamento Nacional, Marcelo Prim, a pesquisadora e executiva brasileira Márcia Fournier e o consultor Ismael Nobre debateram o tema “Futuro de possibilidades – Sistemas inovativos locais”, primeiro painel desta quinta-feira, 5, segundo dia do Fórum Mundial Amazônia+21, evento cem por cento online.

Ismael Nobre falou do Amazônia.4.0, um projeto focado nas inovações locais. Nobre destaca que a iniciativa constitui novo paradigma de desenvolvimento sustentável para os povos da Amazônia. Dividido em três eixos, o projeto apresenta novos raciocínios para mudança do falso paradoxo de conservação por desenvolvimento, demonstra princípios e práticas para o desenvolvimento de capacidades locais e disseminação e compartilhamento de conhecimento.

Muito além do açaí

A cadeia produtiva do açaí é de extrema importância para a Amazônia. Chega a movimentar R$ 40 milhões por ano e gerar mais de 25 mil empregos. Mas a produção do fruto, no entanto, não é o único a ter potencial na região. Pelo contrário. É preciso expandir os horizontes e posicionar outros produtos atrativos no mercado. O debate contou com a participação da especialista em inovação Victoria Mutran, do sócio consultor da Queen Nut produtora de macadâmia José Eduardo Mendes Camargo; de José Eduardo Mendes Camargo; do membro do Conselho de administração da Frooty Açaí Carlos Alberto Brito Soares e da economista Fernanda Stefanini, fundadora da 100% Amazônia. A mediação foi realizada por Maurílio Santos.

A importância de quebrar estereótipos e buscar certificações e qualificações que garantam a qualidade e a segurança de produtos sustentáveis foram apontados no debate como um senso comum entre os participantes. Para Victória Mutran, que tem vasta experiência na instalação de plantas industriais, programas de garantia da qualidade e processamento de alimentos, a Amazônia tem um vasto potencial produtivo a ser explorado com sustentabilidade.

Conservação das florestas

O Brasil não pode ficar para trás na economia de conservação da floresta. Essa foi a conclusão em que se chegou durante o debate que abordou os caminhos para acelerar os negócios na Região Amazônica. Sob a mediação do secretário da Superintendência Estadual do Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura (SEDI), Sérgio Gonçalves, a questão foi discutida por Beto Veríssimo, do Centro de Empreendedorismo da Amazônia, Mariano Cenamo da ONG Idesam, Daniel Contrucci, da Climate Venture e Leonardo Letelier, da Sitawi.

É preciso mobilizar o capital para captar o impacto ambiental positivo, ou seja, promover o desenvolvimento da região com a floresta em pé, além de desmistificar, que o desenvolvimento está atrelado ao desmatamento. Foi discutido ainda que existem tipos de cuidados que devem haver para impulsionar as chances de sucesso no acréscimo dos investimentos na região.

Bionegócios e empreendedorismo

Bionegócios, oportunidades, inovação, empreendedorismo. Temas debatidos no painel “Mapeamento de oportunidades para bioeconomia”, no Fórum Mundial Amazônia+21, na tarde desta quinta-feira. Neste debate também foram abordadas as oportunidades de recursos e investimentos para os bionegócios no território da Amazônia e a estratégia de atuação do Sebrae em Bioeconomia, por meio do Programa Inova Amazônia.

Demonstrar como os pequenos negócios baseados em ativos da floresta, unem biodiversidade, tecnologia e sustentabilidade para aumentar o valor dos produtos e beneficiar as cadeias produtivas locais.

O programa Inova Amazônia, lançado pelo Sebrae, visa fortalecer a bioeconomia na Amazônia e fomentar o crescimento econômico com inovação aberta, aliado à conservação ambiental. Quick ressaltou que a Amazônia tem potencial de geração de renda e ampliação de mercados para os pequenos negócios em diversas áreas, como biotecnologia, desenvolvimento de processos industriais de menor impacto ambiental, químicos renováveis, entre outros.

É possível proteger a floresta e desenvolver a Amazônia

A Amazônia no contexto internacional foi apresentada neste segundo dia de Amazônia+21. Participaram da discussão o Embaixador Rubens Barbosa, o Embaixador que exerceu as funções nas embaixadas de Londres e Washington, Carlos Lazary da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e o peofesso de Yale Institute, Thomas Lovejoy, e mediado por Carlos Abijaoadi, da Confederação Nacional da Indústria. A Amazônia é um foco de debate e no Brasil e exterior e tem papel geopolítico e estratégico para o estado brasileiro. Pesquisa recente da CNI mostra que 77% dos brasileiros se preocupa com a floresta e 95% acredita que é possível proteger o meio ambiente e desenvolver a região Amazônica.

Brasil volta a ser foco de preocupações no exterior, porque alterações no clima passa a ser preocupação global, no que diz respeito a preservação de florestas. O Brasil teve uma participação importante nas questões de preservação desde a Rio 92, mas diante das novas políticas e ideias ambientais, o Brasil perdeu credibilidade junto às demais nações internacionais. A reativação do Conselho da Amazônia foi um marco positivo nesta agenda.

Todas as palestras ficam gravadas no canal do Youtube da CNI, e a cobertura completa de todos os debates pode ser acompanhada na página do Amazônia+21.

FONTE:  ASSESSORIA

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