Ideia foi anunciada pela Fifa ainda em Doha; COI rejeitou plano para Paris 2024 e não tem planos para Los Angeles 2028
A Fifa quer, de todas as formas, expandir ainda mais o futebol pelos quatro cantos do planeta. Além de desejarem a ampliação no número de seleções para a Copa do Mundo 2026, os cartolas do esporte estão de olho no torneio feminino dos Jogos Olímpicos. A ideia é, em um futuro próximo, contar com quatro seleções a mais na disputa por medalhas.
Apesar do desejo da Fifa, cogitado até mesmo para a próxima edição, Paris 2024 continuará com 12 seleções — o número é o mesmo de Tóquio 2020, por exemplo. O sistema de classificação já está em andamento, com Brasil e Colômbia, finalistas da Copa América, classificados no continente. O número de atletas permitido é de 18 jogadoras, sem limite de idade, como os 23 anos no masculino.
O plano foi anunciado pelo presidente da Fifa, Gianni Infantino, na saída da reunião do conselho da entidade, que aconteceu na semana passada em Doha, no Catar. Aos jornalistas do mundo todo, o dirigente propôs a igualdade dos naipes, além da criação do Mundial Feminino de Clubes e também da Copa do Mundo Feminina de Futsal, ambos a partir de 2025, sem muitos detalhes divulgados.
“O que gostaríamos é de ver se o torneio olímpico feminino pode ter 16 times, assim como o masculino. Sentimos que a competição das mulheres deve ter o mesmo número da competição dos homens. Claro que, por questões de engajamento e discussões, vamos ver se isso é possível”, disse Infantino.
Questionado pelo R7, o COI (Comitê Olímpico Internacional), que no fim das contas determina quantos times vão disputar os torneios e demais competições do calendário olímpico, reafirmou o número de 12 seleções femininas para Paris 2024. Ainda não há informação sobre o formato da competição em Los Angeles 2028.
Ainda assim, sabe-se que o comitê olímpico tem a ideia de modernizar (escalada esportiva, skate e surfe continuam no programa, que agora ganha ainda a inclusão do break dance e da canoagem slalom extremo) e, ao mesmo tempo, diminuir o número de competições ou transformá-las em disputas mistas. Ao todo, mais de 10.000 atletas, de 200 países, estão na disputa por 306 eventos que valem medalhas.
A crítica que se faz à ampliação no número de participantes está em uma potencial queda no nível técnico das partidas. Antes das fases eliminatórias, principalmente, a tendência é de jogos de pouco interesse do público, mesmo entre os países que disputem a competição. Por outro lado, a defesa da Fifa está baseada em maior intercâmbio e, com isso, na possiblidade de crescimento do espetáculo em um futuro próximo.
Questionamento semelhante acontece quando levada em conta a Copa do Mundo masculina de 2026. Com sedes no Canadá, Estados Unidos e México, a competição terá pela primeira vez na história 48 seleções, 16 a mais que as últimas sete edições. Além da questão técnica, há um fator esportivo de times ímpares na fase de grupos, o que pode comprometer o lado esportivo.
O torneio feminino do futebol estreou em Atlanta 1996. As americanas são as maiores campeãs: quatro ouros (impondo, inclusive, as duas únicas medalhas de prata das brasileiras), uma prata e um bronze. As seleções da Alemanha, Canadá e Noruega também possuem uma conquista cada uma.
FONTE: R7.COM
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