Foram arrecadados R$ 16,3 bilhões, Alta foi de 10,1% em relação a 2017, Desde 2013, receita cresceu 46,7%
Os cartórios brasileiros tiveram alta de R$ 1,5 bilhão no faturamento em 2018. O total recebido pela prestação de serviço notarial cresceu de R$ 14,8 bilhões em 2017 para R$ 16,3 bilhões no ano passado.
De 2013 para cá, a evolução da receita anual dos cartórios foi de 46,7% –superando a inflação do período, que foi de 41,6%.
Os dados estão disponíveis no Sistema Justiça Aberta, na página eletrônica do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
NOS ESTADOS
Atualmente existem 11.683 cartórios em todo o país. O Estado de São Paulo liderou o montante arrecadado em 2018, totalizando R$ 5,4 bilhões em 1.403 unidades: média de R$ 3,8 milhões por estabelecimento.
No entanto, os cartórios que mais arrecadam proporcionalmente são os do Distrito Federal. Cada 1 dos 37 existentes em Brasília faturou, em média, R$ 6,7 milhões em 2018. Já os 371 cartórios do Rio de Janeiro arrecadaram, em média, R$ 3,9 milhões no ano passado. A 2ª maior média do país.
cartórios por UF e arrecadação em 2018
UF | cartórios | arrecadação | média por unidade |
---|---|---|---|
AC | 31 | R$ 27.332.139 | R$ 881.682 |
AL | 240 | R$ 68.080.618 | R$ 283.669 |
AM | 86 | R$ 147.993.887 | R$ 1.720.859 |
AP | 21 | R$ 15.076.837 | R$ 717.945 |
BA | 1.172 | R$ 468.119.037 | R$ 399.419 |
CE | 636 | R$ 296.922.815 | R$ 466.860 |
DF | 37 | R$ 247.583.062 | R$ 6.691.434 |
ES | 329 | R$ 291.347.760 | R$ 885.556 |
GO | 494 | R$ 1.623.955.177 | R$ 3.287.359 |
MA | 238 | R$ 215.558.665 | R$ 905.709 |
MG | 2.709 | R$ 2.009.579.200 | R$ 741.816 |
MS | 164 | R$ 253.303.358 | R$ 1.544.533 |
MT | 228 | R$ 575.881.112 | R$ 2.525.794 |
PA | 242 | R$ 139.952.964 | R$ 578.318 |
PB | 437 | R$ 180.253.283 | R$ 412.479 |
PE | 250 | R$ 128.476.177 | R$ 513.905 |
PI | 138 | R$ 86.105.456 | R$ 623.953 |
PR | 754 | R$ 541.655.388 | R$ 718.376 |
RJ | 371 | R$ 1.445.741.639 | R$ 3.896.878 |
RN | 206 | R$ 120.767.042 | R$ 586.248 |
RO | 89 | R$ 128.017.510 | R$ 1.438.399 |
RR | 12 | R$ 16.081.397 | R$ 1.340.116 |
RS | 555 | R$ 998.623.597 | R$ 1.799.322 |
SC | 456 | R$ 590.577.777 | R$ 1.295.127 |
SE | 123 | R$ 79.434.455 | R$ 645.809 |
SP | 1.403 | R$ 5.439.502.363 | R$ 3.877.051 |
TO | 262 | R$ 137.066.547 | R$ 523.155 |
total | 11.683 | R$ 16.272.989.261 | R$ 1.392.878 |
DEDUÇÕES
Do montante arrecadado devem ser deduzidas despesas com a serventia extrajudicial, funcionários e tributos devidos. Além disso, ainda devem ser retirados todos os repasses para o Poder Judiciário e demais órgãos previstos em lei.
Leis estaduais determinam o percentual da arrecadação que vai para órgãos públicos. Varia de Estado para Estado. O maior percentual de repasse é de 52,2%, na Bahia.
A Anoreg (Associação do Notórios e Registradores do Brasil) aponta que entre 60% a 80% do faturamento bruto de 1 cartório nos mais diferentes Estados do Brasil é destinado a repasses legais a órgãos públicos, fundos diversos, programas de reaparelhamentos, entidades terceiras ou ao custeio administrativo da prestação de serviços ao usuário.
CARTÓRIOS
Do total de cartórios no país, 7.053 são providos e 4.630 são considerados vagos, isto é, não possuem 1 concursado como titular. Para ser dono de cartório no Brasil é preciso:
- ser bacharel em direito ou ter completado 10 anos de exercício de função;
- ter nacionalidade brasileira;
- estar em pleno exercício dos direitos civis e políticos;
- estar quite com as obrigações do serviço militar (se do sexo masculino);
- ter aptidão física e mental para exercício das atribuições;
- não possuir antecedentes criminais e cíveis;
- passar em concurso público.
O tabelião é o profissional responsável pela gestão do cartório. Mesmo passando por concurso, ele não é considerado servidor público. A atividade é uma espécie de regime de concessão: agente privado que trabalha para o Estado. Dessa forma, não é possível saber quanto 1 titular de cartório ganha e a remuneração não é limitada pelo teto do funcionalismo público (R$ 33 mil).
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FONTE: PODER 360
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