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Falta de investimentos ainda trava crescimento maior – Por Sílvio Presivo

Elas são diferentes e melhores. “Nossa geração está tão preocupada tentando provar que mulheres podem fazer o que os homens fazem que elas estão perdendo sua singularidade. As mulheres não foram criadas para fazer tudo que os homens podem fazer, as mulheres foram criadas para fazer tudo que os homens não podem fazer” (Jordan B. Peterson).

GOVERNO VAI APOIAR ALFANDEGAMENTO

Uma notícia que não posso deixar de ressaltar é da visita do presidente do Sistema Fecomércio/SESC/SENAC/IFPE e vice- presidente da CNC, Raniery Araújo Coelho ao governador de Rondônia, Marcos Rocha, para tratar do Alfandegamento do Aeroporto de Porto Velho. Mais do que uma visita, de fato, foi uma reunião, de vez que participaram os titulares da Superintendência de Desenvolvimento Econômico e Infraestutura (Sedi), Sérgio Gonçalves, Gilvan Pereira da Superintendência de Turismo (Setur), Luiz Fernando Pereira da Silva e o adjunto Franco Maegaki Ono, da Secretaria de Finanças (Sefin),  o diretor – geral do DER Coronel Meireles, o Superintendente Regional da Polícia Federal, Caio Rodrigo Pellim, o superintendente da Receita Federal, Reriton Weldert Gomes, a superintendente da Infraero, Fabiana Oliveira, Gilberto Scheffer da Associação Brasileira de Táxi Aéreo (ABTAer) e do Sindicato Nacional de Táxi Aéreo (Sneta),o superintendente da Fiero, Gilberto Baptista, a presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV-RO) Shirlene Santos e o vice-presidente Márcio Barreto. Na ocasião, no final do mês passado, Raniery Coelho, entregou nas mãos do Governador, a Proposta para o Desenvolvimento Aéreo de Rondônia e reforçou que a Fecomércio e seus sindicatos filiados lutam pelo alfandegamento do Aeroporto de Porto Velho há mais de quatro anos, considerando este um passo indispensável para o progresso de Rondônia. O governador Marcos Rocha, por sua vez, disse que “Reconhece a importância do alfandegamento para o desenvolvimento do Estado e ressaltou que é necessário melhorar a malha aérea para que tenhamos voos regionais, ligando nosso interior a capital”. Sem dúvida, alfandegar o nosso aeroporto é fundamental para abrir novas perspectivas para os negócios e também para o turismo estadual.

NOVAS POSSIBILIDADES PARA O TURISMO

Para o alfandegamento, aliás, o governo estadual se dispôs a aportar recursos para as adaptações indispensáveis, o que deve acelerar o processo. É preciso ver que há um esforço em andamento, por meio do projeto Porto Velho Sport Fishing, que tem o apoio do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade do Estado de Rondônia (CONETUR), mas, que, sem dúvida, deve sua inspiração ao criativo empresário e presidente do Sidiber, Claúdio Hikague, de transformar Porto Velho na capital nacional da pesca esportiva. É um objetivo viável considerando que a cidade, com uma boa estrutura hoteleira, possui a maior ictiofauna biogeográfica do planeta. Um trabalho realizado pelo Laboratório de Ictiologia e Pesca da Universidade Federal de Rondônia, em parceria com outras instituições, para o Consórcio Santo Antônio, denominado “Peixes do Rio Madeira”, levantou em 2.500 quilômetros, desde o rio Guaporé até a foz do rio Madeira, mais de mil espécies de peixes. Somente no território brasileiro do rio Madeira, foram encontradas 40 espécies novas que eram totalmente novas, o que é um grande diferencial para o turismo de pesca. Para se ter uma ideia, o Estado de Rondônia é o quinto destino da pesca esportiva do país, e atrai turistas, principalmente do Sudeste e do Sul do Brasil, além de grupos de estrangeiros, graças a grande diversidade de tipos de peixe no nosso Estado. Com o alfandegamento, e voos internacionais diretos, esta atividade pode ser muito alargada. Ainda mais é preciso levar em conta que um dos maiores destinos do turismo mundial é Machu Picchu, no Peru, e muitos turistas saem de lá para outros espaços da Amazônia. Só o Manaus se beneficia com parte deste fluxo, mas, com voos internacionais, há uma grande possibilidade de Porto Velho também ser beneficiada. Acrescente-se que, com uma demanda crescente de eventos, nosso estado deixa de ter um maior fluxo de turistas por falta de um centro de convenções. O alfandegamento, com certeza, irá reforçar esta necessidade, além, de abrir espaço para que seja instalado um centro de manutenção de aeronaves na nossa capital.

MONTEZUMA RECUPERANDO O PASSADO

O nosso grande repórter Montezuma Cruz fazendo uma série de reportagens sobre o nosso Estado que merece ser lida por todos. Verdade que, no último, exagera sobre minha participação numa história onde Luiz César Auvray Guedes, Marcelino Moreira, Jorge Elage, Claúdio Damasceno, Letácio Lucena, Maurílio Galvão, Jussara Gotlieb e tantos outros que me fogem à memória foram mais importantes. De qualquer forma lembrar do excepcional trabalho de Humberto da Silva Guedes e do capitão Silvio Gonçalves de Farias é uma forma de reviver e respeitar o passado. Inclusive resgatando a participação de grandes nomes como os de Milton Santos e Silvio Sawaia e da Universidade de Brasília que ajudou a pensar Rondônia. Recomendo a leitura de “Humberto Guedes enfrentou o drama fundiário, criou municípios e preparou Rondônia para ser estado” (https://www.gentedeopiniao.com.br/colunista/montezuma-cruz/humberto-guedes-enfrentou-o-drama-fundiario-criou-municipios-e-preparou-rondonia-para-ser-estado). E Montezuma lembra também a primeira dama Gilsa Auvray Guedes, que foi responsável pela criação do bairro Pedaçinho de Chão.

FALTA DE INVESTIMENTOS AINDA TRAVA CRESCIMENTO MAIOR

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,1%, em 2018. Em valores correntes, a soma de tudo o que o país produziu no ano alcançou R$ 6,8 trilhões. É o quarto ano de insucesso em obter um crescimento maior.  Em 2017 a alta foi também de 1,1%, depois das retrações de 3,5% em 2015 e de 3,3% em 2016. O FGV Ibre projeta um crescimento do PIB, este ano, em 2,1% no ano, puxado pela recuperação da construção civil, que apresenta sintomas de melhora. Mas, depois três anos de quedas nos investimentos, o crescimento de 4,1% no ano inspira cautela, de vez que, para retomar os patamares anteriores de atividade econômica se precisa de bem mais. As expectativas do processo de recuperação da atividade econômica que parece se manter neste início de 2019, apesar de algumas melhoras no cenário, com a redução dos juros e o real mais forte frente ao dólar, ainda não sinaliza que o crescimento do País seja retomado.

INVESTIMENTOS NO PIM FORAM MENORES EM 2018

Investimentos menores parece que também foram feitos em 2018 no PIM (Polo Industrial de Manaus). Os dados dos de Desempenho do Polo Industrial de Manaus, documento compilado e divulgado pela Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) mostra que, em 2018 a um mês de fechar o ano, o montante injetado pelas empresas incentivadas nas linhas de produção era pouco superior a US$ 8.91 bilhões, 2,52% abaixo do apurado nos 11 meses iniciais de 2017 (US$ 9.14 bilhões). Segundo a autarquia federal, apenas seis dos 23 segmentos industriais listados já sinalizavam aporte superior de capital produtivo entre um período e outro: eletroeletrônico (US$ 2.66 bilhões), bebidas (US$ 94.41 milhões), metalúrgico (US$ 457.67 milhões), papel e papelão (US$ 196.19 milhões), produtos alimentícios (US$ 40.77 milhões), mobiliário (US$ 25.24 milhões) e ótico (US$ 58.38 milhões). O melhor desempenho foi registrado no polo ótico, que conta atualmente com uma empresa listada na Suframa: a Essilor da Amazônia. O faturamento subiu de US$ 29.51 milhões (2017) para US$ 58.38 milhões (2018), entre um acumulado e outro, gerando uma diferença de 97,83%. O presidente do Corecon-AM (Conselho Regional de Economia do Estado do Amazonas) e consultor empresarial, Francisco Mourão Júnior, afirma que por trás dos números de investimento do PIM no período existe prudência. Há ainda incerteza quanto ao governo Bolsonaro e mesmo que muitos dos subsetores operem com capacidade ociosa elevada e, portanto, com menor necessidade de investimentos, o economista diz que os números da Suframa indicam que o empresariado da ZFM está excessivamente cauteloso em relação ao desempenho da economia do país no curto prazo.

AUTOR: SÍLVIO PERSIVO  –  COLUNISTA TEIA DIGITAL

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