As exportações de café do Brasil devem fechar 2017 cerca de 5 por cento abaixo do inicialmente previsto, refletindo uma colheita comercializada lentamente por produtores à espera de preços mais atrativos, disse na quarta-feira à noite o presidente do Conselho dos Exportadores de Café do país (Cecafé), Nelson Carvalhaes.
Segundo ele, os embarques neste ano devem variar de 30 milhões a 31 milhões de sacas, também aquém das quase 33 milhões de sacas do ano passado. Os volumes levam em conta cafés verde, torrado & moído e solúvel.
“Isso não chega a impressionar… Houve menor oferta neste ano. A produção não entrou agressivamente, porque o produtor segurou (o café). Havia a expectativa de preços maiores, o que não se concretizou”, disse Carvalhaes à Reuters na noite de quarta-feira.
Ao longo do segundo semestre, as torrefadoras observaram um cenário de suprimento seletivo de café arábica, dado que os produtores não estavam dispostos a comercializar nos preços correntes a safra recém-colhida.
No caso do conilon, a situação foi a inversa, e na semana passada a oferta da variedade atingiu o nível “normal” pela primeira vez no ano.
Em outubro, as exportações totais de café do Brasil somaram 2,75 milhões de sacas, queda de 18,3 por cento ante igual mês de 2016, segundo o Cecafé.
“Em novembro e dezembro, (as exportações) devem se manter nesta faixa, em torno de 2,8 milhões de sacas”, avaliou Carvalhaes, nos bastidores de evento da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) em Mata de São João, na Bahia.
Segundo ele, os exportadores de café do Brasil “reagem bem” quando as cotações do arábica na Bolsa de Nova York estão entre 1,30 dólar e 1,40 dólar por libra-peso.
FONTE: REUTERS
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