Durante a semana, preparações do Verdão e da Macaca foram semelhantes: muito mistério sobre os times e tentativa de aliviar a pressão da torcida; time de Campinas entra com enorme vantagem
Um clima de mistério dominou a semana de Palmeiras e Ponte Preta antes do duelo decisivo deste sábado, às 19h, na arena do Verdão, pelo jogo de volta da semifinal do Campeonato Paulista. Em São Paulo e em Campinas o pensamento foi semelhante: blindar o elenco de qualquer pressão externa e não dar pistas ao adversário sobre as escalações antes do confronto.
A vantagem da Ponte Preta é gigantesca. O placar de 3 a 0 no jogo de ida dá ao time de Gilson Kleina a possibilidade de perder por até dois gols de diferença para avançar à final. O Palmeiras precisa vencer por quatro. Se ganhar por três, leva a decisão para os pênaltis. O critério de gol fora de casa não serve como desempate.
Na Academia de Futebol, os jogadores do Verdão trabalharam com portões fechados. No dia a dia, o discurso dos atletas foi de respeito ao adversário, esperança na recuperação e, principalmente, agradecimento ao apoio recebido. Na sexta-feira, inclusive, torcedores foram até o portão do centro de treinamento para demonstrar confiança na classificação.
Recepcionados por líderes do elenco, membros de uma torcida organizada entregaram uma carta com mensagens de incentivo aos atletas e ao técnico Eduardo Baptista. O lema cantado pelos palmeirenses antes da semifinal foi “um por todos, todos por um”. Dentro de campo, a expectativa é de um time com alguma mudança em relação ao primeiro confronto.
– Os treinos fechados são para criar alguma coisa nova para que a gente possa surpreender a Ponte. Somado ao que já fizemos acho que ficamos fortes – disse Eduardo Baptista.
– A Ponte foi competente na construção do primeiro jogo, mas ponto, passou. Agora tem o segundo jogo, é outra história. Ninguém ficou sentando em cima do primeiro jogo. Precisamos assimilar a pressão para os jogadores estarem seguros. Sabemos que o resultado de ida mexeu com o brio do Palmeiras. Temos de manter o nível, com muito foco e concentração. É começar a viver esses grandes jogos – disse o técnico Gilson Kleina.
Em relação ao time titular, a principal dúvida do treinador é sobre o substituto de Reynaldo, suspenso por três cartões amarelos. Artur, lateral-esquerdo de ofício, é o candidato natural à vaga, mas recentemente ficou um tempo parado se recuperando de lesão e ainda não está no ritmo ideal. Kleina disse que também trabalhou com um jogador mais de marcação no setor. Neste caso, Jeferson, uma vez que Nino volta à direita, ou até mesmo um zagueiro pode aparecer com a camisa 6. De resto, a base será mantida.
Veja abaixo as informações da partida entre Palmeiras e Ponte Preta:
Local: arena do Palmeiras, em São Paulo
Data e horário: sábado, 19h
Escalação provável do Palmeiras: Fernando Prass; Jean, Yerry Mina, Edu Dracena (Vitor Hugo) e Zé Roberto (Egídio); Felipe Melo, Willian (Róger Guedes), Tchê Tchê, Guerra e Dudu; Miguel Borja
Desfalques: Arouca, Thiago Martins e Moisés (departamento médico)
Pendurados: Felipe Melo, Jean, Antônio Carlos, Keno, Borja e Mina
Escalação provável da Ponte Preta: Aranha, Nino Paraíba, Marllon, Yago e Artur (Jeferson); Fernando Bob, Elton e Jádson; Clayson, Lucca e Pottker
Desfalque: Reynaldo (suspenso por três cartões)
Pendurados: Emerson, Jadson, Jeferson, Matheus Jesus, Marllon e Yago
Arbitragem: Raphael Claus, auxiliado por Bruno Salgado Rizo e Luiz Alberto Andrini Nogueira
Transmissão: Premiere e Premiere HD (com Jota Jr. e Luiz Ademar)
Tempo Real: GloboEsporte.com, a partir de 17h
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